Quase de verdade: quatro fábulas de Clarice Lispector (vida, crianças e bichos)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rodrigues, Valéria Aparecida
Orientador(a): Santos, Edgar Cezar Nolasco dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1443
Resumo: Sob a rubrica da crítica biográfica, este texto propõe estabelecer a intrínseca relação entre autor e obra. A partir da leitura das quatro fábulas claricianas, O mistério do coelho pensante (1967), A mulher que matou os peixes (1968), A vida íntima de Laura (1975) e Quase de verdade (1978), e utilizando um aparato teórico-crítico que inclui Roland Barthes, Eneida Maria de Souza, entre outros procuraremos detectar como ocorre a relação biográfico-cultural na obra voltada para crianças de Clarice Lispector. Nessa relação que envolve vida e obra inscreve-se o "bio" que, por sua vez, desencadeia outras formas possíveis de serem imaginadas e estabelecidas, ainda que metaforicamente, ampliando as possibilidades de compreensão do texto literário como texto da cultura. Entre as formas possíveis de relação, destacamos as "influências metafóricas" ou "amizades literárias", que aproxima escritores e obras, mesmo quando tal relação não tenha acontecido de fato no percurso histórico. Nesse sentido, é oportuno ressaltar que nossa leitura também privilegiará o conceito de amizade, que é essencial para esta pesquisa, já que os amigos também se apresentam como marca autoral na obra clariciana. Assim, a leitura das fábulas infantis de Clarice Lispector colabora com os propósitos desta pesquisa, haja vista que elas apresentam-se como o fabulário da própria vida da escritora, uma vez que as histórias da vida real servem de suplemento para a ficção e vice-versa.