Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Reis, Cássia Barbosa |
Orientador(a): |
Andrade, Sônia Maria de Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1851
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Resumo: |
Historicamente as políticas de saúde e as ações de combate ao dengue são pautadas no controle vetorial, com atividades de campo, relegando a segundo plano as atividades de educação em saúde. Conhecer as representações sociais de profissionais e usuários de unidades de saúde da família sobre a ocorrência do dengue é o objetivo desta pesquisa de forma a contribuir para a melhoria da comunicação entre profissionais de saúde e população, visando o controle da doença. Foi realizado estudo qualitativo, utilizando-se entrevista semiestruturada, com profissionais e usuários da estratégia de saúde da família de seis municípios selecionados, sendo os dados tabulados pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados mostraram sete discursos referentes a aspectos sobre as causas da ocorrência de dengue. Os profissionais atribuem à população parte importante da responsabilidade pela ocorrência do dengue, mas também observam a falta de estrutura e organização dos serviços para atender melhor, bem como percebem dificuldades para que ocorra a mudança dos comportamentos observados com os recursos que eles tem disponíveis. Os usuários também atribuem a população grande parte da responsabilidade pela ocorrência do dengue, principalmente no que diz respeito ao lixo acumulado nos quintais e terrenos baldios. Todas as categorias entrevistadas relataram que o descrédito da população em relação a ocorrência e a gravidade do dengue também colaboram para a manutenção da endemia. As campanhas de educação e controle do dengue foram avaliadas como boas, mas sem continuidade e que necessitam mostrar as consequências da doença para impactar mais na população. Três discursos mostraram as consequências do dengue: evidencias de falta de estrutura dos serviços, a transferência de responsabilidade para os profissionais de saúde e a mudança de comportamento quando afetado pelo dengue. Como sugestões evidenciou-se a necessidade de fiscalização e punição, necessidade de investimentos na educação de crianças e adolescentes, acesso a informações atualizadas e ação interdisciplinar e inter setorial. Os agentes comunitários de saúde apresentaram ainda representações sobre sentimentos relativos a sua atividade no combate ao dengue e dificuldades para cobrar condutas da população. Conclui-se que as representações sociais do dengue entre os grupos pesquisados são muito próximas, apresentando similaridades em muitas ideias centrais. O nível de conhecimento da população sobre a doença é bastante significativo, mas não se reflete no comportamento preventivo, sendo a comunicação entre profissionais e usuários baseada no repasse de informações sobre prevenção e tratamento. Assim, entende-se necessário melhorias na qualidade dos serviços de saúde em todos os níveis de atenção, bem como implementar ações especificas com o objetivo de mudar condutas e mantê-las a longo prazo. |