Conhecimento de enfermeiros e médicos da estratégia saúde da família sobre as políticas públicas voltadas à pessoa idosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Olivia Alves da
Orientador(a): Alvarenga, Márcia Regina Martins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2788
Resumo: Introdução: As políticas públicas brasileiras voltadas à pessoa idosa asseguram os seus direitos sociais e norteiam as ações dos profissionais da assistência social e da saúde, entre outras áreas do conhecimento. Com destaque para a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa que direciona médicos e enfermeiros ao atendimento, avaliação e monitoramento da saúde, da capacidade funcional, da recuperação, da manutenção e da promoção da autonomia e independência dos idosos. Objetivo: Caracterizar o conhecimento de enfermeiros e médicos da Estratégia Saúde da Família sobre as políticas públicas voltadas à pessoa idosa. Percurso metodológico: Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram constituídos por enfermeiros e médicos lotados nas Unidades de Estratégia Saúde da Família, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e definidos por saturação conforme proposto por Fontanella e colaboradores (2011). Os profissionais foram caracterizados quanto à formação e capacitação; entrevistados quanto ao conhecimento sobre políticas públicas e a prática profissional no atendimento à pessoa idosa. As entrevistas semiestruturadas foram gravadas e transcritas. Utilizou-se o método de análise de conteúdo de Bardin e como referencial teórico para análise das categorias a Política Nacional de Saúde para a Pessoa Idosa. Resultados e Discussão: Foram entrevistados dez enfermeiros e sete médicos. Seis enfermeiros e três médicos possuem especializações direcionadas à Atenção Primária à Saúde. Três enfermeiros e médicos possuíam conhecimento do curso “Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa”, ofertado pelo Ministério da Saúde, porém somente um enfermeiro cursou-o. A análise das entrevistas resultou em duas categorias para os enfermeiros “Atendimento das Demandas de Saúde” e “Avaliação do Idoso Centrada na Doença” e duas para os médicos “Avaliação Biomédica do Idoso” e “Atendimento Biomédico do Envelhecimento”. A categoria “Atividades Multidisciplinares” foi comum para ambos os profissionais. O “Conhecimento de Enfermeiros e Médicos da Atenção Primária sobre as Políticas Públicas” resultou com relatos nos quais apenas um médico e um enfermeiro citaram o Estatuto do Idoso. Quanto ao “Trabalho e Atuação do Conselho Municipal de Defesa da Pessoa Idosa” caracterizou-se pelo desconhecimento das duas categorias profissionais. Conclusão: Destaca-se o desconhecimento profissional acerca das políticas voltadas para o idoso, o predomínio da atenção à saúde marcada por ações centradas na patologia, falta de avaliações multidimensionais e na falta de articulação intersetorial e interdisciplinar. As falas caracterizam a superficialidade e o distanciamento de médicos e enfermeiros da Atenção Básica quanto às políticas e órgãos voltados para a defesa dos direitos dos idosos. Compreende-se que devem ser estudadas estratégias para enfrentamento e possibilidades de capacitação profissional da Atenção Primária, na área do idoso, por entender que este nível de atenção é a principal porta de entrada do idoso e indispensável para efetivação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e cumprimento de suas diretrizes.