A formação dos professores indígenas Suruí, no estado de Rondônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rios, Mirivan Carneiro
Orientador(a): Tauro, David Victor-Emmanuel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/793
Resumo: Essa dissertação versa sobre a formação de professores índios no Estado de Rondônia, da comunidade Suruí de Cacoal uma formação intimamente ligada tanto a uma herança cultural do povo a que pertencem quanto a uma legislação emanada do governo federal. O método usado foi uma pesquisa descritiva com dados coletados de fontes bibliográficas e documentais e etnólogos. Os resultados mostraram que a cultura indígena fruto da relação entre o homem e a natureza, herança que ainda não foi necessariamente compreendida e aceita por uma legislação que, apesar de primar pela diversidade cultural, ainda é incipiente e omissa, pretendendo resgatar os valores indígenas em vez de preservá-los. Também encontramos a imposição de modelos pedagógicos que, muito embora destinados a uma formação de professores, não considera as diferentes realidades e necessidades das comunidades indígenas. Assim, massifica-se e generaliza-se não só a formação, como também, a educação escolar como um todo. Ora, a formação de professores indígenas passou a ser uma condição da educação intercultural de qualidade. É o professor indígena quem responde perante outros representantes políticos, pela mediação e interlocução de sua comunidade com o mundo de fora da aldeia. Portanto, a proposta de uma escola indígena de qualidade – específica, diferenciada, bilíngüe, intercultural – só será viável se os próprios índios, por meio de suas respectivas comunidades, estiverem à frente do processo como professores e gestores da prática escolar. Esta, por sua vez, deve permitir uma atuação crítica-reflexiva, consciente e responsável nos diferentes contextos em que se inserem as escolas indígenas.