Aquário : o encontro entre imagem e tecnologia como uma estratégia de sedução em um filme publicitário da empresa Ariston

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Guimarães, Raquel Andrés Caram
Orientador(a): Ghizzi, Eluiza Bortolotto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1830
Resumo: A profusão de imagens em todos os setores da sociedade contemporânea ganha destaque em veículos de comunicação, nos quais elas concorrem entre si a fim de obter a atenção do público. Este estudo analisa recursos de linguagem usados em um anúncio publicitário que seduz o consumidor por meio de uma narrativa que se transforma em espetáculo. Analisa, também, como os vínculos entre o filme publicitário e a marca do produto anunciado são formados. Constitui o corpus de análise, o anúncio (filme) da empresa Ariston, marca européia de eletrodomésticos, intitulado Aquário. Além deste, foram analisados eventos organizados pela empresa Ariston com intuito de convidar o público consumidor a vivenciar seus produtos e a marca, reforçando a performance tecnológica de produtos e a ideia de soluções tecnológicas inovadoras, explicitada na filosofia da marca divulgada no seu site da Internet. A análise toma como referencial teórico-metodológico a semiótica de Charles Sanders Peirce (1839-1914), adotando alguns conceitos da parte da sua semiótica chamada Gramática Especulativa. Estudos específicos sobre uma semiótica da imagem, sobre signos imagéticos em anúncios comerciais e sobre o percurso de análise de signos, todos de extração peirciana, também são utilizados. Outros referenciais teóricos adotados dizem respeito à publicidade, marketing e marcas comerciais, estudados por autores diversos, entre eles, Lucia Santaella e Winfred Nöth, Phillip Kotler, Clotilde Perez. Conclui-se que a tecnologia usada na produção de parte das imagens do filme, associada ao caráter fantasioso da narrativa na qual essas imagens são utilizadas, atinge a percepção estética do público consumidor, reforçando o desejo de consumo e o fetiche pelo produto e pela marca. Assistindo ao filme, o consumidor é seduzido por um interpretante estético, capaz de levá-lo a ver que, comprando o produto, poderá carregar consigo algo sublime e fazer parte de um mundo perfeito. Em outras palavras, considerou-se que, por meio das qualidades das imagens desse anúncio, o produto e a marca comercial da empresa adquirem um significado estético que ativa o desejo de consumo; e, além disso, que as próprias imagens, possibilitadas por tecnologias de produção de imagem disponíveis hoje, são transformadas em objeto de desejo e consumo. Isso pode ser interpretado como um processo de consumo de signos cuja semiose vai da imagem ao produto e deste à marca. Ao analisar o trajeto lógico do pensamento quando interpreta o filme, este estudo pretendeu colaborar com novas investigações sobre as relações entre imagem, desejo e reforço da personalidade de marca, todos elementos que colaboram para a construção da imagem de marca na mente do consumidor.