Do livro de areia ao livro sobre nada: o projeto literário e o papel do leitor em Jorge Luís Borges e Manoel de Barros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Rubens Aquino de
Orientador(a): Santos, Rosana Cristina Zanelatto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1967
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo crítico-comparativo entre os textos literários e os processos de construção literária empreendidos por Jorge Luis Borges em O Livro de Areia (1975) e por Manoel de Barros em Livro sobre Nada (1996). Trata-se de uma pesquisa que visou a análise literária de cada obra, além de comparação entre elas, construindo e desconstruindo sua recepção, a fim de estabelecer significados sobre o fazer literário de cada um dos escritores para o leitor, na perspectiva de suas realidades culturais e de seus locais de enunciação. Para tanto foram essenciais os registros das semelhanças, das dessemelhanças e das ferramentas linguísticas utilizadas nos processos criativos de Borges e de Barros. Entre os teóricos que fundamentam a estrutura da pesquisa constam nomes como os precursores dos estudos de recepção, Wolfgang Iser, Hans Robert Jauss e Karlheinz Stierle, e os reformuladores de conceitos contemporâneos desse ideário: Ricardo Piglia, Umberto Eco e Leila Perrone-Moisés. Para os estudos comparados entre as obras de Borges e Barros, enumeram-se Tânia Carvalhal, Silviano Santiago e Ana Cecília Olmos, entre outros. Em O Livro de Areia, Borges narra a história de um livro infinito cujas páginas, uma vez viradas, não podem ser lidas novamente. Um procedimento de desconstruir, portanto, tudo o que foi escrito. Barros, em Livro sobre Nada, procura fazer do nada o seu livro, o “nada absoluto”, “coisa nenhuma por escrito”. Interessa-nos, sobremaneira, o exame desses dois projetos, aos quais ambos os poetas emprestam toda sua experiência de vida para construir perspectivas reformuladas do moderno.