O dito e o feito, em Educação ambiental, no Brasil, no início do Século XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Moreira, Plínio de Sá
Orientador(a): Zanon, Ângela Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/815
Resumo: Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), são constituídos por um conjunto de livros, editados em 1997 (1a. a 4a. série), 1998 (5a. a 8a. série) e 1999 (Ensino Médio), e formam uma coleção de propostas bem formuladas, bem apresentadas e com sólido embasamento teórico. Esta proposta implica na introdução do conceito de Transversalidade na abordagem de temas como Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo, e também compreende a necessidade de um enfoque multi, inter e transdisciplinar. A Lei N° 9795, de 27/04/1999, “dispõe sobre Educação Ambiental [EA], institui a Política Nacional de Educação Ambiental [PNEA],”. Esta Lei corrobora os PCN quando exige que a EA seja vista sob o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade, fundamentada em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. Ambos os instrumentos, PCN e PNEA, são complementares, e estão em harmonia com a tendência consensual no movimento ambientalista internacional. Do muito que tem sido dito, pesquisei parte do que tem sido feito. Parti do princípio de que os professores estavam despreparados para tal empreitada, tendo em vista a ausência de programas preparatórios nos cursos de graduação das IES. Se nada lhes foi ensinado de EA, não se pode esperar que tragam para as salas de aula conceitos complexos e intrincados como se exige. A alternativa estaria nos livros. Pesquisei uma amostra dos livros de outro programa oficial, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Confrontando o dito (PCN e PNEA) com o feito (PNLD), nos defrontamos com um abismo. Os livros pesquisados, ignoram as propostas e exigências do dito e alguns têm feito divulgações de conceitos verdadeiramente perniciosos em termos de Educação Ambiental.