Os camponeses do oeste catarinense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Sabu, Regiane Martins de Oliveira
Orientador(a): Avelino Júnior, Francisco José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1063
Resumo: O presente estudo é uma reflexão a respeito dos debates teóricos em relação à classe camponesa e uma proposição de compreensão do processo de colonização do oeste do estado de Santa Catarina, enquanto um processo de territorialização camponesa que resiste e se reestrutura na luta por este território. No primeiro capítulo apresentamos algumas considerações a respeito das discussões teóricas em defesa do campesinato enquanto classe inerente ao modo capitalista de produção, procuramos dialogar com os camponeses do oeste catarinense como forma de estabelecer os vínculos entre as discussões teóricas e a realidade objeto de nossa pesquisa. Por meio da abordagem da tríade “terra, trabalho e família” propomo-nos a apreender a lógica que organiza a atividade produtiva dos camponeses neste território. No segundo capítulo, desenvolvemos o debate a respeito da territorialização camponesa no oeste do estado de Santa Catarina, enquanto resultante do processo histórico de colonização deste território com imigrantes descendentes de europeus das “velhas colônias” do Rio Grande do Sul. No terceiro capítulo, discutimos a respeito do processo de modernização e industrialização do Brasil, a partir da década de 1960, e seus reflexos na territorialização camponesa do oeste catarinense, procuramos evidenciar que, se por um lado, o Estado atuou favorecendo a monopolização deste território pelas indústrias produtoras de alimentos derivados e suínos e aves, submetendo a renda da terra camponesa e se apropriando da produção de capital subordinando relações de produção não-capitalistas, por outro lado, os camponeses do oeste catarinense têm reproduzido neste território por meio da articulação em movimentos sociais, cooperativas e associações produtivas verticalizando a produção e resistindo ao processo de monopolização deste território pelo capital. As principais evidências desta pesquisa indicam a força e resistência do campesinato territorializado no oeste catarinense.