Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lydyane de Almeida Menzotti |
Orientador(a): |
Bulhões, Ricardo Magalhães |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3152
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Resumo: |
A globalização, os avanços da era tecnológica do mundo contemporâneo e o trauma de momentos históricos sociais, como a ditadura e o coronelismo no Brasil, têm provocado sentimentos de rupturas, fragmentação e tensão nos sujeitos. Esses sentimentos se refletem nas artes, e a literatura enquanto arte produz essas impressões por meio da palavra. No romance O último conhaque, do escritor mineiro Carlos Herculano Lopes, o protagonista recupera antigas lembranças que têm como cenário uma paisagem tipicamente rural em Santa Marta. Trata-se de um texto que narra a história desse homem desenraizado e atormentado pelas memórias de sua infância e que representa a metáfora do ser deslocado, em busca de identidade. Este trabalho tem como objetivo lançar um texto reflexivo abrangendo a relação entre identidade, memória, representação social, espaço, tempo, personagem, narrador e focalização, e os efeitos de sentido construídos no romance. As configurações estruturais do romance analisado estão intimamente ligadas aos processos de identificação do protagonista e estes, que por sua vez estão conectados a aspectos sociais, históricos e também psicológicos que constroem o enredo. A obra nos traz uma possível leitura de busca de identidade, a personagem representa uma sociedade que busca se (re)constituir enquanto sujeito. Respaldamo-nos nos autores Shøllhammer (2009), Ítalo Calvino (1998), Giorgio Aganbem (2010), Tania Pellegrinni (2001), Jaime Ginzburg (2012), Jeanne Marie Gagnebin (2006), Walter Benjamin (1994), Henri Bergson (1999), Le Goff (2003), Stuart Hall (2006), Antonio Candido (2000), Ginzburg (2010, 2012), entre outros. Foram utilizadas, obras de diferentes correntes críticas literárias. Para esta análise, elas não se contradizem, mas se completam, isso justifica o uso do ecletismo de perspectiva teórica. Nosso intuito foi o de contribuir para os estudos de literatura contemporânea, assim como às pesquisas referentes a fortuna crítica do autor Carlos Herculano Lopes. |