Teste rápido TR-DPP® no contexto do diagnóstico sorológico da leishmaniose visceral canina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Domingos, Iara Helena
Orientador(a): Osório, Ana Luiza Alves Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1600
Resumo: A leishmaniose visceral americana, causada pela Leishmania (L.) infantum chagasi, representa um grave problema de saúde pública no Brasil, com caráter endêmico e em franca expansão. A transmissão ocorre por fêmeas de flebotomíneos. O cão, considerado o reservatório doméstico da doença, desempenha importante papel devido ao parasitismo de pele e a proximidade com o homem, sendo uma das medidas de controle da doença adotadas pelo Ministério da Saúde, a detecção sorológica de animais infectados e sua posterior eliminação. O protocolo de diagnóstico vigente utiliza o ELISA-Bio-Manguinhos como teste para triagem e a IFI-Bio-Manguinhos como confirmatório. Dentre os problemas citados quanto ao diagnóstico sorológico da leishmaniose visceral canina, estão a baixa sensibilidade em animais assintomáticos e as reações cruzadas, principalmente com Ehrlichia canis. Novas tecnologias têm surgido para o diagnóstico da LVC, dentre elas o teste rápido Dual Path Platform (TR-DPP®-Bio-Manguinhos), que a partir de 2012 fará parte do protocolo de diagnóstico da doença como triagem e o ELISA-Bio-Manguinhos como teste confirmatório. O primeiro estudo teve como objetivos avaliar a sensibilidade dos testes (IFI, ELISA e TR- DPP®) isoladamente, e comparar o protocolo de diagnóstico vigente (ELISA seguido da IFI) com o proposto (TR-DPP® seguido do ELISA), em amostras de cães assintomáticos com exame parasitológico positivo. Concluiu-se que a IFI identificou o maior número de cães infectados, seguida do ELISA e o TR-DPP® que tiveram desempenhos equivalentes, e que o protocolo proposto não apresentou diferença significativa no número de animais diagnosticados em relação ao vigente, com concordância boa entre eles segundo classificação Kappa. O segundo estudo teve como objetivo analisar a possível interferência da infecção por Ehrlichia canis no diagnóstico TR-DPP® e concluiu-se por meio de análise estatística que não há associação entre ter mórulas de Ehrlichia canis e apresentar reação positiva no teste sorológico TR-DPP®. A PCR para o gênero Leishmania realizada nas amostras com TR- DPP® positivo, sem encontro de amastigotas e com presença de mórulas, ratificou a inexistência de associação entre a presença de mórula e resultado positivo no TR-DPP®.