Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Viviane Alves de Carvalho França de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-20082024-141333/
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Resumo: |
A pandemia da COVID-19 exauriu o sistema de saúde, provocando alterações nas rotinas de trabalho, podendo diante disso, ter favorecido o aumento das infecções relacionadas à saúde (IRAS), agravando o impacto na morbimortalidade pela COVID-19. Os objetivos deste estudo foram avaliar os fatores de risco para óbito, IRAS e aquisição de bactérias gram-negativas multidrogarresistentes (BGN MDR) em pacientes com COVID-19 em ambiente de cuidados intensivos. Este estudo de coorte retrospectivo incluiu pacientes com COVID-19 grave internados na unidade de terapia intensiva (UTI) de quatro hospitais da cidade de Curitiba, Brasil. Pacientes com COVID-19 que foram à óbito durante a internação na UTI foram comparados com aqueles que receberam alta. Uma segunda análise comparou pacientes que desenvolveram IRAS na UTI com aqueles sem IRAS. Também realizamos um estudo caso-controle aninhado a partir dessa coorte. Os casos foram pacientes críticos com COVID-19 com um ou mais BGN MDR de qualquer cultura de vigilância e/ou clínicas coletadas durante a internação na UTI. Os controles foram pacientes das mesmas unidades com culturas negativas. Foram realizadas análises bivariadas e multivariadas. No total, foram incluídos 400 pacientes e 123 (31%) pacientes desenvolveram IRAS. Os fatores de risco independentes para óbito foram: idade [odds ratio (OR) 1,75, intervalo de confiança (IC) de 95% 1,43-2,15; P<0,0001]; escore de gravidade clínica (OR 2,21, IC 95% 1,70-2,87; P<0,0001); diálise (OR 12,8, IC 95% 5,78-28,6; P<0,0001); e IRAS (OR 5,9, IC 95% 3,31-10,5; P<0,0001). Os únicos fatores independentes associados à IRAS foram proteína C reativa elevada e relação PaO2/FiO2reduzida. Além disso, no estudo caso controle aninhado foram encontrados sessenta e sete casos e 143 controles. Os fatores de risco independentes para bactérias MDR foram sexo masculino (OR = 2,6; IC 95% 1,28-5,33; p = 0,008); o hospital de admissão (OR = 3,24; IC 95% 1,397,57; p = 0,006); ventilação mecânica (OR = 25,7; IC 95% 7,2691; p < 0,0001); e dessaturação na admissão (OR = 2,6; IC 95% 1,275,74; p = 0,009). Entre os fatores de risco encontrados, IRAS e o hospital de internação foram os únicos modificáveis. Portanto, ações coordenadas para uma melhor qualidade de atendimento aos pacientes críticos com COVID-19 são essenciais |