Contradições da produção do espaço dos assentamentos: a conquista do PDA pelo MST; um estudo de caso da Comunidade de Resistência Roseli Nunes - Pequi/MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Roberta Vieira Raggi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PDA
MST
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7K7FS7
Resumo: A partir de 2003 o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, tornou-se responsável pela organização e planejamento de seus assentamentos através da elaboração do Plano de Desenvolvimento do Assentamento, PDA. Como conseqüências do planejamento do MST, foram levantadas questões que vão muito além da execução desta tarefa: qual é, por exemplo, o modelo de assentamento desejado pelas famílias e pelo MST? Como este deve ser construído? Numa dinâmica social em que o espaço é utilizado como um instrumento político, a realização do PDA pelo MST é mais que somente a execução de uma tarefa que previamente fora exercida pelo Estado, uma vez que também envolve o conflito entre grupos diferentes e a disputa por distintas produções do espaço. A partir do estudo da questão agrária brasileira e do desenvolvimento do MST, este trabalho descreve e analisa o primeiro PDA executado pelo MST no assentamento Comunidade de Resistência Roseli Nunes, município de Pequi, em Minas Gerais, Brasil. Mais do que restringir-se à mera descrição desse processo, essa pesquisa expõe as contradições do planejamento dos assentamentos pelo MST em que as pessoas envolvidas nesse processo são, simultaneamente, produtos e produtores do espaço agrário no cenário presente no Brasil.