Proteoma de fração de membrana de Leishmania (leishmania) infantum e de l. (l.) Amazonensis e de macrófagos infectados com estas espécies
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil Programa de Pós-Graduação em Parasitologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/30023 |
Resumo: | Leishmania (L.) infantum é agente etiológico da leishmaniose visceral, enquanto L. (L.) amazonensis é responsável por causar as formas cutânea e cutâneo-difusa da doença, podendo ser capaz de visceralização em diversos hospedeiros. Este amplo espectro de manifestações clínicas das leishmanioses depende de fatores do hospedeiro e da espécie do parasito. As proteínas desempenham papel fundamental na interação entre Leishmania e os macrófagos, as principais células infectadas no hospedeiro vertebrado. Visando contribuir para o melhor entendimento da biologia de L. (L.) infantum e L. (L.) amazonensis e sua relação com o hospedeiro, o presente trabalho utilizou: a) proteômica shotgun label-free para comparar os níveis de abundância do sub-proteoma de membrana plasmática de promastigotas de L. (L.) infantum e L. (L.) amazonensis; e b) DIGE e marcação de peptídeos com etiquetas isóbáricas (TMT) seguida de LC-MS/MS para investigar proteínas diferencialmente abundantes em macrófagos de Balb/C infectados por estas duas espécies. Um total de 2033 e 2243 proteínas foram identificadas em L. (L.) infantum e L. (L.) amazonensis, respectivamente, das quais 1908 proteínas quantificadas foram compartilhadas entre as espécies. Segundo a predição de localização subcelular, 394 destas proteínas pertenciam à membrana plasmática, sendo a maioria (320 proteínas) presente em ambas as espécies, 18 exclusivamente detectadas em L. (L.) infantum e 56 em L. (L.) amazonensis. Após análise estatística, foram encontradas 106 proteínas de membrana plasmática reguladas, sendo 32 de L. infantum e 74 de L. amazonensis. Estas proteínas representaram processos consideravelmente distintos nas espécies, como regulação da transdução de sinal mediada por óxido nítrico e comunicação celular em L. (L.) infantum, e localização e atividade enzimática em L. (L.) amazonensis. As proteínas envolvidas nesses processos incluíram gp63, um conhecido fator de virulência, bem como membros da superfamília do transportador ABC. Por outro lado, ao utilizar DIGE para comparar spots diferencialmente intensos de macrófagos murinos infectados, foi observado um total de 2,4% (29/1.185) de spots diferencialmente intensos. Leishmania (L.) infantum e L. (L.) amazonensis induziram uma alteração semelhante na célula hospedeira, uma vez que 11 spots foram selecionados como diferencialmente intensos em cada espécie e somente 7 no grupo controle. Já na abordagem utilizando TMT e LC-MS/MS para comparar os perfis de abundância proteica de macrófagos infectados e não infectados, 5.939 proteínas de Mus musculus foram identificadas. Destas, 240 e 263 proteínas foram identificadas como diferencialmente reguladas após a infecção por L. (L.) infantum e L. (L.) amazonensis, respectivamente, enquanto 170 proteínas foram comumente reguladas na infecção pelas duas espécies. As análises de enriquecimento de ontologia gênica (GO) indicaram que a infecção por Leishmania altera mecanismos apoptóticos no macrófago e induz alterações epigenéticas que podem afetar a transcrição gênica da célula hospedeira. Além disso, a diminuição da abundância de proteínas como Pycard e Myd88 parece influenciar o processo inflamatório na infecção por L. (L.) amazonensis, enquanto as proteínas Tap1 e Erap1, diferencialmente mais abundantes após a infecção por L. (L.) infantum, são envolvidas com a resposta imune adaptativa. As proteínas diferencialmente reguladas identificadas neste trabalho parecem desempenhar importante papel na biologia das espécies de Leishmania e na resposta imune de macrófagos, podendo, também, auxiliar no entendimento dos fatores que determinam o curso da infecção. Os resultados encontrados oferecem inúmeras possibilidades de investigação de alvos para terapêutica, diagnóstico e vacinas para leishmaniose. |