Cultura histórica na belém moderna: Narrativas Cívicas e seus Sentidos Pedagógicos (1889-1923)
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/60626 |
Resumo: | Entre o fim do século XIX e o início do XX, a Amazônia experimentou um período de grande efervescência cultural, política e econômica. Foram os anos áureos da comercialização do látex e da reestruturação da paisagem urbana de suas principais capitais, Belém e Manaus, aos moldes da belle époque. Em busca da brasilidade arquitetada a partir de uma perspectiva regional, a produção cultural da época se voltou para o passado, realinhando sua memória a narrativas históricas mais adequadas às ambições dos novos tempos. Essa história esteve presente na imprensa, institutos científicos e literários e nos estabelecimentos da Instrução Pública, espaços aqui entendidos como partes de uma mesma dimensão política de constituição do imaginário social moderno e republicano na região. A revisão de questões ligadas à pátria, ao povo e à nação levou ao desenvolvimento de narrativas que fundamentaram a composição do nacional e regional. Narrativas históricas veiculadas em jornais diários, revistas científicas, manuais escolares, dentre outros meios. O objetivo desta pesquisa é compreender a cultura histórica das primeiras décadas da República no Pará, a partir da análise das narrativas cívicas sobre determinados marcos da cronologia política da nação e da região, em especial a Independência do Brasil e Adesão do Pará à Independência. São investigadas as revistas científicas do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP) e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), os jornais A Província do Pará e Folha do Norte, e manuais escolares, entre 1890 e 1923, ano de comemoração do centenário da Adesão do Pará à Independência. Dentro e fora dos limites escolares, essas narrativas orientaram determinadas leituras sobre o passado pautadas em demandas do presente. Pretende-se enfatizar a dimensão pedagógica das representações políticas veiculadas em espaços não-escolares de circulação de narrativas históricas para a estruturação de um imaginário social sobre pertencimento e identidade, na tensão entre o nacional e o regional. A abordagem conceitual inscreve o objeto de pesquisa no domínio da História Política na confluência com a História da Educação, trabalhando principalmente a partir dos conceitos de cultura histórica, imaginário social e representações políticas. |