Félix Fénéon: modernidade múltipla

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Longman, Gabriela Strozenberg
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-19072023-174016/
Resumo: Literato, editor de revistas, crítico de arte, galerista, militante anarquista, colecionador, Félix Fénéon (1861-1944) é uma figura emblemática da passagem das expressões modernas da segunda metade do século 19 – naturalismo, impressionismo, simbolismo – às vanguardas tal e qual se constituíram no início do século 20. Essa tese percorre sua trajetória defendendo que sua própria vida multifacetada já é a expressão de um mundo que rompeu com antigas formas sociais e categorias estéticas. Com uma revisita crítica à sua biografia, a tradução inédita de 12 de seus artigos ao português, esse estudo revisita alguns dos debates estéticos aos quais Fénéon esteve diretamente vinculado: o simbolismo e as revistas literárias na Belle Époque, o neoimpressionismo de Seurat e Signac, os dilemas do movimento anarquista na década de 1890; o uso da forma breve e as fronteiras entre o jornalismo e a literatura nas Nouvelles en trois lignes; e seu interesse pelas as artes então ditas \"primitivas\" (advindas dos países coloniais) – um debate que se estende, com novos contornos, até nossos dias. Por fim procura entender por que a escolha de Fénéon, depois de uma juventude engajada em todos os sentidos, é pelo silêncio, propondo que a aventura e a auto-invenção características da modernidade são também uma porta aberta para angústia, a desorientação e, no limite, o silenciamento.