Fire in the Canastra National Park: background, challenges and solutions
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/36145 |
Resumo: | Todos os anos nós assistimos aterrorizados a queima e destruição de centenas de hectares de vegetação nativa. São milhares de plantas e animais mortos direta ou indiretamente por incêndios de grandes extensões e alta severidade, majoritariamente provocados por ações humanas. Manejar o fogo em áreas protegidas do Cerrado, especialmente em zonas de conflito de interesses, não e uma tarefa trivial. Há décadas a legislação brasileira tem promovido políticas de combate e supressão total do fogo na tentativa de conservar a biodiversidade nas savanas sem considerar que o fogo tem moldado a evolução de plantas e ciclos biogeoquímicos por milhares de anos nesses ecossistemas. Neste trabalho, utilizamos o Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC) para ilustrar como as atuais políticas de supressão podem resultar em regimes de fogo inapropriados e divergentes dos objetivos de conservação desejados. No primeiro capítulo, publicado no Journal of Environmental Management, abordamos o longo histórico de ocupação e uso do fogo para agropecuária muito antes do ParNa Canastra ser criado, o desastroso processo de desocupação da área do parque e o estabelecimento da política de supressão de fogo após sua criação, que levaram ao regime de fogo de incêndios frequentes e fora de controle na zona regularizada do parque. Reconstituímos o regime de fogo histórico (2000-2015) no parque por meio de análises de geoprocessamento e sensoriamento remoto, utilizando imagens dos satélites Landsat. Demonstramos que i) a região alta do parque é um sistema de memória curta, que se recupera rapidamente dos incêndios, sujeitando-o a incêndios frequentes e de grande extensão; ii) os regimes de fogo são diferentes entre as regiões regularizadas e não regularizadas e iii) o uso tradicional de fogo promove tanta queima quanto os incêndios fora de controle, apontando para a urgência da resolução de conflitos entre administradores do parque e população local e da necessidade do uso do fogo de forma controlada para preservação da biodiversidade. No segundo capítulo, nós discutimos como um regime de fogo inadequado pode causar alterações nos ecossistemas e desencadear a perda de habitats e espécies. Na tentativa de minimizar esses impactos e atingir os objetivos de conservação da biodiversidade, são propostos limiares máximos e mínimos relacionados aos diferentes aspectos do regime de fogo, tais como: frequência, sazonalidade e extensão. Padrões muito distantes dos limites aceitáveis deverão alertar gestores sobre a possibilidade de que o regime de fogo vigente possa comprometer a biodiversidade a médio e longo prazos. |