Potencial de regeneração natural em áreas submetidas a distúrbios na região da serra de Ouro Branco, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lousada, Júnia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30189
Resumo: Em Minas Gerais, uma importante região econômica e ambiental é o Quadrilátero Ferrífero (QF), área de transição entre os domínios da Mata Atlântica e Cerrado, localizada ao sul da Cadeia do Espinhaço. Recentemente foram criadas duas Unidades de Conservação (UC), o PESOB e o MNEI, com o intuito de conservar a paisagem local e contribuir para a conectividade entre as UCs que formam o mosaico de áreas protegidas no QF. As UCs estão localizadas entre os municípios de Ouro Branco e Ouro Preto, MG. Nessas UCs os principais distúrbios sofridos são incêndios frequentes e a erosão do solo, formando enormes voçorocas, que interferem na estruturação. e funcionalidade dos ecossistemas. Nosso trabalho objetivou avaliar a regeneração natural em área de floresta estacional semidecidual montana (FES),atingida por incêndio severo e áreas de voçoroca localizadas em campo rupestre (CR). No capítulo 1 avaliamos duas áreas adjacentes de FES, uma atingida pelo incêndio e a outra servindo de ecossistema referência. A hipótese lançada foi que o fogo comprometeria a riqueza e densidade de espécies arbustiva arbóreas e assim resiliência desse local. Amostramos 0,5 ha em cada área, coletando em 25 parcelas o banco de sementes. As amostras foram acompanhadas por 1 ano para identificação das plântulas. Em ambas as áreas a avaliação da composição, estrutura e diversidade do banco de sementes mostrou um comprometimento da resiliência atual dessas áreas, sobretudo a área afetada pelo fogo, que apresentou elevada densidade de espécies herbáceas invasoras. No capítulo 2 e 3 avaliamos a regeneração natural em 6 voçorocas, em estágio médio de cobertura vegetal. Realizamos o levantamento fitossociológico utilizando o método de escala de cobertura e abundância nas parcelas amostradas. Em cada voçoroca amostramos 3 parcelas de 3 x 3 m na área de campo rupestre, do entorno das voçorocas, servindo como ecossistema de referência; e dentro da voçoroca alocamos 5 parcelas de 3 x 3 m em cada um dos dois ambientes, borda (maior declividade) e interior (menor declividade) da voçoroca. Nossos resultados mostraram que as voçorocas alteram a paisagem dos campos rupestres, criando manchas de vegetação arbórea, mais heterogêneas, comparada à matriz do entorno, o Campo Rupestre, demonstrando tendência dessas áreas se tornarem manchas de vegetação florestada. No capítulo 3 avaliamos a influência de elementos da paisagem na regeneração natural das voçorocas. Para isso calculamos a declividade de cada parcela amostrada na voçoroca, a porcentagem de fitofisionomia ao redor de cada voçoroca, criando um buffer de raio 500 m e avaliamos o solo, quanto as variáveis físico químicas, em cada parcela. As variáveis ambientais apresentaram relações com as variáveis de medida da regeneração natural