Juntas em um único número de urna? : uma análise das experiências de mandato coletivo no Brasil (2016-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bárbara Lopes Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAF - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/45734
Resumo: A tese tem por objetivo geral investigar e refletir sobre as experiências de mandato coletivo no Brasil, em especial os mandatos da Gabinetona, da Mandata Ativista e das Juntas (2016-2020). Por se tratar de fenômenos recentes na política brasileira, ainda pouco estudados, adotamos um design emergente de pesquisa, recorrendo a estratégias de pesquisa exploratória e em profundidade. A principal fonte de dados utilizada foram as entrevistas semiestruturadas conduzidas com coparlamentares e outras/os integrantes dos mandatos estudados. A pesquisa também contou com o levantamento de dados sobre a atuação parlamentar dos grupos; e com anotações de campo. A partir dos debates teóricos sobre insatisfação, déficit e inovações democráticas, retomamos as discussões sobre representação política, chegando aos conceitos de representação delegada e interseccionalidade. Assim, trabalhamos a nossa hipótese que guia a seleção dos casos e baliza a análise das categorias organizadas nos capítulos seguintes: os mandatos coletivos são uma nova modalidade de representação política interseccional. Compreendemos, por fim, que os mandatos coletivos representam a criação de um novo modelo de representação política interseccional, uma vez que as experiências promovem a maior presença de grupos marginalizados na política; e investem nas confluências máximas entre as lutas sociais, hackeando a política institucional, democratizando os espaços políticos e fortalecendo construções das amplas maiorias sociais diversas, por meio de ações interseccionais, integradas e transversais.