Consequências do “coping style” no desempenho zootécnico e aprendizado do colossoma macropomum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Camila Oliveira Paranhos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
Curso de Graduação em Zootecnia
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/55617
Resumo: O objetivo desta tese foi avaliar se diferenças na habilidade de aprendizagem, desempenho zootécnico e respostas fisiológicas podem ser explicadas por diferenças no estilo de enfrentamento ao estresse do tambaqui (Colossoma macropomum). Para o artigo 1, juvenis de tambaqui foram classificados em proativos e reativos até a obtenção de 84 de cada. Na Fase 1 do experimento, os juvenis, pesando 2,16±0,52g, foram estocados em 12 tanques de 28 L cada, com 14 animais/tanque. Foram testados os seguintes tratamentos: proativo (PT), reativo (RT) e misto (MT) composto por animais reativos (MRT) e proativos (MPT). Na Fase 2, os animais foram transferidos para tanques de 175 L. Os animais foram alimentados duas vezes ao dia com ração comercial em ambas as fases. Biometrias foram realizadas após o final da Fase 1 e da Fase 2 e coleta de sangue ao final da fase 2. Após a Fase 1, os animais MPT apresentaram maior crescimento do que os animais MRT (p < 0,05). O ganho de peso e o ganho de peso diário também foram maiores nos animais MPT em comparação aos animais PT (p < 0,05). Após a Fase 2, os animais PT apresentaram maior ganho de peso e ganho de peso diário em comparação aos animais RT e MT (p < 0,05), assim como os animais MPT em comparação aos animais PT. O desempenho do TR foi superior (p < 0,05) ao do MRT. Glicose (p < 0,04) e colesterol (p < 0,01) foram maiores para RT em comparação com PT. O colesterol dos animais MPT foi maior do que o dos animais MRT (p < 0,01), enquanto a proteína plasmática foi menor (p < 0,001). Glicose (p < 0,001) e colesterol (p < 0,01) foram maiores para MPT em comparação com PT. Glicose (p < 0,02) e colesterol (p < 0,01) também foram maiores para MRT em comparação com RT. Para o artigo2, foram utilizados 24 animais, sendo 12 animais proativos (7,78 ± 2,39 cm; 7,72 ± 2,34 g) e 12 animais reativos (7,68 ± 0,51 cm; 6,98 ± 1,32 g). Para o teste de aprendizagem, que durou 15 dias, os animais foram colocados individualmente em um labirinto em forma de T, na qual uma peça de Lego® era colocada dentro de um dos braços do labirinto representando um marcador visual juntamente com pellets de ração. Os animais proativos e reativos não conseguiram associar a peça de Lego® ao alimento sugerindo que o estilo de enfrentamento ao estresse não foi capaz de influenciar a aprendizagem associativa desta espécie. Nos dois primeiros dias os animais reativos levaram um tempo maior para sair da zona de aclimatação (tempo de latência) em comparação aos animais proativos (P= 0,0307). Pode se concluirque o cultivo de juvenis de C. macropomum com diferentes estilos de enfrentamento ao estresseem um mesmo ambiente na RAS provocou diminuição no desempenho dos animais reativos porém não houve nenhuma evidência que diferencie a habilidade de aprendizagem de diferentes estratégias de enfrentamento ao estresse do tambaqui C. macropomum. Palavras-chave: “Coping style”, aprendizagem associativa, tambaqui