O universal da política e o singular do jovem : por uma política do sujeito
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Psicologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/50249 |
Resumo: | A pergunta sobre como fazer política considerando o sujeito não é nova e mobiliza diferentes saberes para encontrar uma resposta que possibilite a interseção dessas duas dimensões: sujeito e política, na borda do real que sempre aponta o limite da escrita, da linguagem e do saber. O questionamento nasce após a conclusão da experiência profissional da autora com a política socioeducativa de onde surgem memórias que foram escritas e analisadas. A discussão metodológica se baseou na construção do a posteriori, por meio de uma busca pelo entendimento sobre como a segunda construção temporal do inconsciente se fez presente na escrita e no percurso metodológico. As memórias operaram uma torção na pergunta central que, inicialmente, versava sobre a política socioeducativa, para então, chegar à dimensão do sujeito, o jovem, e sua relação com a política. O sujeito, conforme postulado pela psicanálise tem como ponto definidor o inconsciente. Essa definição permite relacionar o sujeito com a política a partir da assertiva lacaniana de que o inconsciente é a política. Essa afirmação amplia o entendimento do inconsciente para fora de uma lógica individual para colocá-lo em contato com a história, a cidade e com os discursos vigentes de cada época. Nessa lógica, sujeito e política aparecem em um mesmo plano, como duas dimensões imbricadas, que aparecem e desaparecem conforme o corte significante que operamos, assim como na banda de Moebius. Para analisar a construção das políticas para a juventude consideramos importante a discussão da dimensão universal e singular. Lacan, ao rever a lógica aristotélica da instituição do universal, propõe que é por meio de um ato declarativo, de um traço singular do sujeito, que o universal pode se constituir. No campo das políticas públicas para a juventude, há uma gama de jovens que precisam ser considerados quando construímos diferentes intervenções. Desse modo, a organização da política deve criar espaços que permitam o aparecimento do ponto de indeterminação do sujeito e que propiciem a circulação de singularidades. É o caso que ensina a política a construir intervenções que considerem os sujeitos. A partir de um caso, foi possível entender que é necessário haver pontos de abertura no campo político que permitam escutar o sujeito na sua forma peculiar de fazer laço. O território, as redes e os atendimentos oferecidos aos jovens podem promover aberturas importantes para considerar uma política feita a partir do sujeito, pois quando os predicados são deixados de lado é possível a escuta das singularidades. |