Avaliação da proteína Prohibitina de Leishmania infantum como biomarcador para o diagnóstico sorológico das leishmanioses

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Marcella Rezende Rodrigues
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais; Brasil; MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina Tropical; UFMG
• Palavras-chave em Português: Leishmaniose Tegumentar; peptídeo sintético; diagnóstico; Leishmaniose Visceral Canina; proteína recombinante; Leishmania; Testes Sorológicos; Proteínas Recombinantes; Imunidade Humoral; Biomarcadores; Ensaio de Imunoadsorção Enzimática
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/36569

As leishmanioses são doenças de alta morbidade e mortalidade, endêmicas no Brasil, causadas por parasitos do gênero Leishmania. Os testes sorológicos atuais dessas doenças são limitados no que se refere à sua sensibilidade e/ou especificidade. Um teste de diagnóstico sorológico padrão ouro para leishmaniose deve ser focado em marcadores que apresentam uma resposta humoral específica em hospedeiros infectados com boa sensibilidade, especificidade, baixo custo e rapidez. Um estudo imunoproteômico recente, utilizando Leishmania infantum, foi realizado com soro de cães com leishmaniose visceral assintomática e sintomática (LVC) e proteínas antigênicas do parasito foram identificadas. A Prohibitina foi identificada em extratos de amastigotas-like e reconhecida pelos soros de cães com LV. No presente estudo, a Prohibitina foi avaliada em sua forma recombinante, além de ter seu epítopo conformacional de linfócitos B da proteína sintetizado (Peptídeo) e também avaliado como biomarcador diagnóstico. O extrato solúvel (SLA) de L. infantum para LV e L. braziliensis para LT foram utilizados como antígenos comparativos. Para o diagnóstico de LVC foram utilizados soros de cães LV assintomática ou sintomática; soros de cães saudáveis de áreas endêmicas ou não endêmicas de leishmaniose; soros de cães saudáveis vacinados com Leish-Tec® e soros de animais infectados experimentalmente com Trypanosoma cruzi ou Ehrlichia canis. Para o diagnóstico de LT, foram utilizados soros de pacientes com leishmaniose cutânea ou mucocutânea; soros de indivíduos saudáveis que vivem em uma área endêmica de leishmaniose, como controles e; soros de indivíduos com doença de Chagas. Os experimentos ELISA foram realizados com a proteína recombinante Prohibitina (rProhibitina) e seu peptídeo sintético (Peptídeo), que apresentaram alta sensibilidade e especificidade para ambas as formas da doença, com melhor potencial de diagnóstico em comparação com o antígeno comparativo SLA. Dessa forma, a proteína recombinante Prohibitina e seu peptídeo sintético podem ser considerados como candidatos potenciais para a melhoria do diagnóstico sorológico da LVC e LT.