Estresse e autoeficácia em docentes dos cursos de ciências contábeis no Brasil
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS Programa de Pós-graduação em Controladoria e Contabilidade UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/45336 |
Resumo: | A atividade docente é apontada pela literatura como causadora de grande estresse, levando a afastamentos por questões de saúde. O distresse é uma das categorias do estresse que aparece quando o indivíduo reage a determinada situação de forma negativa desencadeando um processo adaptativo inadequado. Todavia, características pessoais como personalidade, sistema de crenças, estratégias de enfrentamento além de competências sociais e emocionais possuem um papel mediador dos efeitos do estresse percebido. Dentre essas crenças, a autoeficácia é conceituada como a capacidade individual de organizar e executar determinada tarefa, influenciando as escolhas, objetivos e metas. Diante disso, o objetivo deste estudo foi identificar a relação entre a autoeficácia e o nível de estresse percebido pelos docentes dos cursos de Graduação em Ciências Contábeis no Brasil. Alterações no ensino superior têm refletido nos docentes dos cursos de Ciências Contábeis, exigindo deles resposta adaptativa e desenvolvimento de novas competências nas práticas educacionais. Outro fator estressante relaciona-se ao excesso de carga horária dos docentes de Ciências Contábeis que muitas vezes possuem duplas e/ou triplas jornadas, ocasionando baixa percepção de autoeficácia e níveis elevados de estresse percebido. Diante disso, a pesquisa sobre autoeficácia e estresse docente justifica-se pela necessidade de identificação do nível de desafio percebido pelos docentes e como as crenças de autoeficácia modelam o estresse na carreira docente. Esta pesquisa descritiva, quantitativa, fez uso de um questionário dividido em três partes. A primeira com dados sociodemográficos, a segunda composta pela escala Teacher Stress Inventory (TSI) de Boyle et al. (1995) e a terceira contendo a Escala Sobre as Fontes de Autoeficácia Docente (EFAED) desenvolvida em português por Iaochite e Azzi (2007). Um modelo de regressão linear múltipla foi estimado para verificar a relação entre as fontes de autoeficácia e o nível de estresse percebido pelos docentes. Os resultados encontrados evidenciam que a autoeficácia possui papel importante na mediação do estresse percebido pelos docentes dos Cursos de Ciências Contábeis no Brasil, visto que a experiência de domínio (F1) exerce influência sobre o fator de estresse reconhecimento profissional (RP). A experiência vicariante (F2) impacta positivamente os fatores de ausência de recursos (AR), relação com colegas de trabalho (RC) e reconhecimento profissional (RP). Já os estados emocionais e fisiológicos (F4) influenciam de forma positiva e significativa os fatores de estresse carga de trabalho (CT), mau comportamento do estudante (MCE), relação com colegas de trabalho (RC) e reconhecimento profissional (RP). Ademais, o gênero feminino teve impacto positivo e significativo sobre os fatores de estresse AR, CT, MCE, RC e RP e o estado civil apenas sobre o fator RC. Outro achado importante seria em relação às regiões do país, tendo em vista que foi possível identificar que os docentes da região sudeste possuem menores valores para os fatores de estresse comparativamente aos da região sul, demonstrando existir diferenças regionais na percepção de estresse docente. |