Parenting intentions of same-sex couples: a case study in Brasília, Brazil
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil Programa de Pós-Graduação em Demografia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/34419 https://orcid.org/0000-0001-9560-0778 |
Resumo: | Os estudos sobre fecundidade desejada são majoritariamente focados no comportamento reprodutivo de casais heterossexuais e nas intenções de fecundidade das mulheres. Contudo, sabe-se que há outras formas de parentalidade e vivência familiar que não envolvem o modelo de família nuclear heterossexual no qual os estudos sobre fecundidade se baseiam. A partir de uma abordagem qualitativa, investigou-se a formação familiar e as intenções de parentalidade de casais homossexuais e quais desafios enfrentam no processo. Busca-se aqui contribuir aos estudos de arranjos familiares, além de integrar uma perspectiva de gênero ampla às análises demográficas de intenções de fecundidade, dando visibilidade a um grupo social que geralmente não é incluído nas pesquisas da área no Brasil. Para tanto, elaborou-se uma pesquisa de campo e foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 42 casais do mesmo sexo (20 casais femininos e 22 masculinos) em 2019. Por meio da análise de redes temáticas, os resultados mostram a complexidade da formação da família e o processo de tomada de decisão de ter filhos, revelando o estigma social que ainda persiste. Alguns participantes experimentaram evolução do apoio da família antes ou depois de se casarem, mas o casamento não trouxe maior apoio familiar para todos os participantes. A maioria dos entrevistados pretende ter filhos, mas as experiências e desejos dos casais de gays e de lésbicas são diferentes. Além das restrições biológicas e das possibilidades corporais que determinam decisões e diferenças comportamentais, as famílias estão expostas a um ideal heteronormativo que prioriza o cuidado feminino e outros estereótipos de gênero que influenciam as decisões parentais e a vida familiar nas famílias homossexuais. A rede temática sobre formação familiar mostrou os diferentes caminhos dos casais para a construção de conexão afetiva e legitimidade social. Os resultados são consistentes com a literatura internacional, embora as eleições presidenciais de 2018 no Brasil e seus impactos no casamento homossexual mereçam atenção em pesquisas futuras. |