Perfis moleculares e de resistência antimicrobiana de isolados de Salmonella enterica subsp. enterica sorovar Minnesota provenientes de granjas de frangos de corte e de humanos de diferentes estados brasileiros
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil VET - DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/74491 |
Resumo: | A criação de frangos de corte vem se expandindo ao longo de muitas décadas, sendo uma atividade de grande relevância para a economia brasileira. Salmonella Minnesota (SM) tem sido apontada como um dos sorovares emergentes na cadeia produtiva de frangos de corte no Brasil, reforçando a necessidade de mais estudos de sua biologia e evolução, tendo em vista sua participação em eventos sanitários e da evolução de resistência aos antimicrobianos. No presente estudo foram analisados os perfis genéticos por meio da técnica de gel de eletroforese em campo pulsado (PFGE) em 13 isolados de SM provenientes cadeia produtiva de frangos de corte coletados nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, bem como em cinco recuperados de casos de infecção alimentar em humanos nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outros 25 isolados de SM de origem avícola foram avaliados quanto à susceptibilidade a antimicrobianos pelo método de Kirby-Bauer. A análise de PFGE das 18 estirpes de SM originou um dendrograma que permitiu agrupar isolados em quatro clusters com 83-90% de similaridade. Dentre os quais, o cluster “A” agrupou a maioria dos isolados (13), incluindo duas amostras de origem humana que apresentaram 90% de similaridade com uma amostra isolada de frango, ambas coletadas em Minas Gerais. As estirpes de SM apresentaram resistência à tetraciclina (88%), cefoxitina (88%), ceftazidima (56%), ácido nalidíxico (28%), ciprofloxacina (16%) e estreptomicina (8%). Isso traz preocupações, uma vez que cefalosporinas de 3ª geração e fluoroquinolonas são drogas de escolhas para tratamento de infecções em humanos. Não foi observada resistência à gentamicina, cloranfenicol, meropenem, nitrofurantoína e sulfametoxazol-trimetoprim. Entretanto, 28% das amostras avaliadas apresentaram perfis de multirresistência, todas pertencentes ao Estado de Minas Gerais. Os resultados encontrados ressaltam a importância de mais estudos envolvendo SM, uma vez que esse sorovar, que atualmente circula na cadeia produtiva de frango de corte do Brasil, pode provocar infecção alimentar em humanos. Destaca-se ainda que os perfis de multirresistência antimicrobiana encontrados nos isolados analisados reforçam ainda mais a preocupação e os riscos que SM oferece para a saúde pública. |