Representational cognitive pluralism : towards a cognitive science of relevance sensitivity
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA Programa de Pós-Graduação em Filosofia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/69045 |
Resumo: | A tese busca contribuir para a explicação de duas capacidades cognitivas fundamentais da inteligência humana denominadas senso comum e holismo situacional. Nas ciências cognitivas, a tarefa de explicar essas capacidades enfrenta um desafio fundacional: como é possível à cognição humana distinguir o que é ou não relevante em um número indefinidamente multiplicável de contextos? O desafio se caracteriza por uma circularidade: potenciais soluções acabam pressupondo aquilo que pretendiam explicar, i.e. a sensibilidade ao que é contextualmente relevante. O argumento desenvolvido é uma tentativa de escapar dessa circularidade. Ele tem por base uma análise bidimensional do problema. A primeira dimensão é representacional e abarca como o conhecimento cognitivo sobre o que é relevante pode ser armazenado. Ela se associa ao “frame problem” da inteligência artificial. Na tese argumenta-se que a dimensão representacional do problema pode ser neutralizada pelo abandono de esquemas representacionais linguísticos em virtude de uma pluralidade de esquemas representacionais estruturais. Estes permitem que estados representacionais possam exercer um papel explicativo claro e não trivial, e ao mesmo tempo permitem um tipo de produtividade representacional que evita o “frame problem”. A segunda dimensão é inferencial. Ela abarca a sensibilidade à relevância que caracteriza nossa produtividade inferencial, i.e. nossa capacidade de inferir o que é relevante em um número indefinidamente multiplicável de contextos, incluindo aquelas que nunca encontramos antes. A esse respeito, argumenta-se que a sensibilidade à relevância não pode ser nem inata, pois mecanismos inatos não podem evitar a circularidade mencionada, nem aprendida através de mecanismos inatos, pois processos de aprendizado tomam a sensibilidade à relevância como pressuposto. A alternativa sugerida é que a sensibilidade à relevância é um "gadget" cognitivo. Um tipo de mecanismo mental que é herdado não geneticamente, mas culturalmente. Essa possibilidade é viabilizada a partir do trabalho de Cecilia Heyes, que descreve como vieses de desenvolvimento culturalmente sedimentados podem informar a constituição de mecanismos cognitivos. Assim, fatores culturais participam da cognição não apenas na forma de informação disponível para processamento, mas também como elementos que enviesam esse processamento na direção daquilo que é culturalmente estabelecido como relevante em cada contexto. |