Paisagem com figuras fotografia na literatura contemporânea (W. G. Sebald, Bernardo Carvalho, Alan Pauls, Orhan Pamuk): fotografia na literatura contemporânea (W. G. Sebald; Bernardo Carvalho; Alan Pauls; Orhan Pamuk)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ana Martins Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-97ZLNU
Resumo: Esta tese propõe uma investigação sobre a incorporação de imagens fotográficas em alguns textos literários contemporâneos. A partir da leitura de livros de W.G. Sebald, Bernardo Carvalho, Alan Pauls e Orhan Pamuk, busca-se analisar alguns dos efeitos produzidos pela presença de fotografias na narrativa, considerando, sobretudo, as relações que aí se estabelecem entre texto e imagem. De gênero dificilmente definível, os livros do alemão W. G. Sebald transitam entre a memória, o perfil biográfico, o relato de viagem, a ficção e o ensaio. Marcados por um tom digressivo e melancólico, os livros do autor caracterizam-se ainda pela reprodução de um grande número de fotos, sem legendas e em preto e branco. O emprego que W.G. Sebald faz das imagens fotográficas em sua obra, em especial em Os emigrantes e Austerlitz, é examinado aqui em articulação com os demais elementos narrativos, com o propósito de discutir o modo como a prosa sebaldiana problematiza o estatuto documental da fotografia, as associações entre imagem, memória e arquivo e o papel da fotografia na construção das narrativas pessoais e familiares, mas também históricas e coletivas. A tese procura ainda examinar o recurso à fotografia em Nove noites e Mongólia, do brasileiro Bernardo Carvalho, em articulação com o motivo da viagem e da representação do 'outro' e com o emprego de estratégias documentais e autoficcionais, bem como avaliar o impacto da incorporação de imagens fotográficas sobre as fronteiras entre texto e paratexto. Por fim, a partir da leitura de A vida descalço, do argentino Alan Pauls, e de Istambul, do turco Orhan Pamuk, em interlocução com outros livros que conectam fotografia e 'escrita de si', a tese se volta para as relações entre fotografia, ficção, ensaio e autobiografia.