Resistência: coletivo Professores Contra o Escola Sem Partido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Flavio Soares Guerra dos Anjos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/75571
Resumo: Esta pesquisa é fruto de uma observação dos fatos que continuaram a ocorrer após o anúncio do fim das atividades do movimento Escola Sem Partido (MESP), em agosto de 2020, pois algo havia se consolidado: sua prática e seus efeitos de poder. A partir dessa constatação, foi iniciado um trabalho de investigação acerca dos grupos de resistências e oposições ao MESP, o que levou a um coletivo de educadores denominado Professores Contra o Escola Sem Partido (PCESP). Tal coletivo produziu, em formato de podcasts, um potente material de contrapropaganda e desmonte do discurso do movimento Escola Sem Partido e de resistência às extremas-direitas nacional e internacional. Esses podcasts contêm análises que atrelam educação, história e conjuntura política, a partir de temas como: socialismo, “marxismo cultural”, extrema-direita, recusa dos valores iluministas, guerra cultural, assédio moral, milícias digitais e não digitais, Constituição de 1988, valores democráticos, bolsonarismo, ditadura militar, teorias de gênero, processos de produção de marginalidades, ataques às minorias e racismo. A pesquisa que se segue perfaz os percursos traçados pelo próprio PCESP e tem como objetivo retirar a “máscara” apartidária de um movimento de caráter ultrarreacionário. Baseada na noção foucaultiana da “vontade de saber”, foi levantada a tese de que o movimento Escola Sem Partido e a extrema-direita brasileira operam a partir daquilo que aqui se denominou “vontade de destruição” geral e irrestrita das instituições democráticas e do próprio saber. Para analisar o discurso do PCESP e os dados, também foram utilizadas as noções de interdição de discurso, poder e resistência (da filosofia de Michel Foucault), guerra cultural (das teorizações de Castro Rocha), necropolítica (de Sílvio de Almeida), além de alguns apontamentos de Vladimir Safatle e Ester Solano. Nesse movimento, buscou-se traçar a dinâmica da tentativa de destruição das instituições democráticas, considerando o campo da educação peça-chave nesse processo.