As batalhas da mulher moçambicana na luta de libertação : entre os discursos oficiais e os silêncios da memória(1962-1975)
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Programa de Pós-Graduação em História UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/46931 |
Resumo: | A presente dissertação aborda a atuação da mulher moçambicana na luta pela libertação de Moçambique, que ocorreu entre o período de 1964 a 1975. Detivemo-nos primeiramente na análise dos grupos organizados e geridos pelas mulheres envolvidas nas diversas frentes de luta, a saber: a Liga Feminina Moçambicana (LIFEMO), o Destacamento Feminino (DF), o Instituto Moçambicano e a Organização da Mulher Moçambicana (OMM). Essas organizações foram resultado do protagonismo feminino no combate ao colonialismo. Nesse contexto, emergiu o conceito de emancipação da mulher, importado da ideologia marxista e adaptado aos objetivos da revolução moçambicana que, além da luta anticolonial, previa a criação de uma sociedade igualitária. A equidade entre o homem e a mulher era uma das premissas que a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) estabeleceu para a construção da nova sociedade moçambicana na transição da luta armada para o pós-independência. Essa linha de pensamento já estava sendo consolidada durante a luta de libertação. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho foi entender o impacto do discurso de emancipação da mulher durante a luta de libertação e a sua influência na vida das antigas combatentes. Além disso, procuramos identificar e compreender as memórias silenciadas que essas mulheres construíram sobre aquele período. Por meio da análise das narrativas orais das participantes da luta armada, coletadas em trabalho de campo e/ou publicadas em livros, em conjunto com a documentação disponível no Arquivo Histórico de Moçambique, buscamos detectar os silêncios e as contradições existentes na narrativa oficial sobre a atuação da mulher, que focou apenas no papel de heroínas, sem dar margem a uma crítica de como o ideário de emancipação não alcançou todas aquelas mulheres. |