Preditores da resposta de perda de peso após cirurgia de derivação gástrica em y-de-roux: um estudo retrospectivo
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/44708 https://orcid.org/0000-0002-4369-3797 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A cirurgia de derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) é considerada padrão para o tratamento da obesidade grave. Apesar de ser um tratamento eficaz na maioria dos casos, uma parcela dos pacientes não obtém uma perda de peso bem sucedida nos dois primeiros anos. Vários fatores têm sido demonstrados como preditores da resposta de perda de peso, porém mais estudos ainda são necessários. OBJETIVO: Avaliar os preditores da resposta de perda de peso em pacientes submetidos à DGRY. MÉTODOS: Trata-se de um estudo longitudinal retrospectivo em 63 pacientes submetidos à DGYR entre 2004 e 2014 e acompanhados no pós-operatório por pelo menos 24 meses. Dados do pré- e pós-operatório de 12 e 24 meses foram coletados em prontuários, incluindo presença de comorbidades antes da cirurgia, histórico familiar de obesidade, medidas antropométricas, ingestão de energia e macronutrientes e prática de exercícios físicos. Polimorfismos nos genes BDNF (Val66Met - rs6265) e LYPLAL1 (rs4846567) foram genotipados utilizando a metodologia TaqMan™ SNP Genotyping assays. A perda de excesso de peso (PEP) >50% foi adotada como critério de perda de peso bem sucedida e os participantes foram distribuídos em grupo perda de peso bem sucedida (PPBS) e perda de peso insuficiente (PPI). Modelos de regressão logística foram utilizados para verificar variáveis preditoras do sucesso da cirurgia. O nível de significância adotado foi p<0.05. RESULTADOS: Após 12 meses de pós-operatório, os participantes apresentaram uma mediana geral de perda de excesso de peso (PEP), perda de peso total (PPT) e índice de massa corporal (IMC) de 63% (intervalo interquartil - IQR=20), 44kg (IQR=19) e 35kg/m2 (IQR=8), respectivamente, e uma taxa de insucesso de 19%. Aos 24 meses, a mediana de PEP, PPT e IMC foi de 67% (IQR=27), 46kg (IQR=27) e 33kg/m2 (IQR=8), respectivamente, e taxa de insucesso de 16%. Comparado com o grupo PPBS, aos 12 meses o grupo PPI apresentou maiores medianas de peso, IMC e excesso de peso antes da cirurgia. Aos 24 meses, observou-se no grupo PPI frequência significativamente menor de indivíduos que aos 12 meses apresentavam uma perda de peso bem-sucedida. Na análise genética, não foram encontradas diferenças entre os grupos nos dois períodos e, de igual forma, nenhuma diferença foi encontrada para os demais parâmetros nos dois períodos. Após análise de regressão logística, o IMC inicial foi um preditor de pior resposta nos dois momentos avaliados e a perda de peso total apresentada com 12 meses se mostrou preditora de melhor resposta aos 24 meses de cirurgia. CONCLUSÂO: O IMC pré-operatório e a perda de peso aos 12 meses são fatores preditores do sucesso na perda de peso até 24 meses após a DGYR. |