A palavra-buraco: bordaduras em torno de Marguerite Duras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Dannielle Rezende Starling
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7QMK2F
Resumo: A vasta obra de Marguerite Duras, que transita entre a literatura e o cinema, entre relatos autobiográficos e ficção, expõe sua maneira de tratar a linguagem, através do que se pode nomear de escrita feminina, isto é, uma escrita que comporta e pressupõe a incompletude, as falhas, a falta de linearidade, os buracos e os vazios. A partir de três livros escolhidos - 'O deslumbramento de Lol V. Stein', 'Amor' e 'Escrever' - acompanha-se o procedimento dessa escritora em direção à depuração das palavras, à 'palavra-buraco' - aquela que contem, mas também contamina todas as outras -, à letra, ao infinito literário. Tal qual o oleiro trabalha seu vaso, Duras tece, com sua escritura trançada com linhas de letras, suas bordaduras, na tentativa de bordejar e criar o vazio. Portanto, é sobre o vazio, a borda construída pela escritura ou, mais propriamente, pela escrita feminina de Duras, que se pretende aqui refletir