As representações multimodais como ferramenta epistêmica no Ensino de Ciências
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/44768 |
Resumo: | A linguagem científica, especialmente da Química, é repleta de representações, que se mostram necessárias para a interpretação e para a descrição de fenômenos, uma vez que envolvem “entidades” que não podem ser vistas e precisam ser “imaginadas”. Nossa experiência nos mostra que essas representações são pouco valorizadas no Ensino de Ciências, e os estudantes as consideram, algumas vezes, como um dificultador da aprendizagem. Uma linha de estudos recente, e que consideramos promissora, associa a multimodalidade às representações e foi nomeada como “Representações Multimodais”. Por meio das representações multimodais, oportuniza-se aos estudantes um ambiente em que eles constroem, justificam, negociam e reelaboram suas próprias representações, em um trabalho mediado pelo professor. Partimos da hipótese de que as representações multimodais podem funcionar como uma ferramenta epistêmica, desenvolvendo competências representacionais e proporcionando uma aprendizagem mais ampla. Logo, este trabalho teve como objetivo investigar as representações multimodais como ferramenta epistêmica em aulas remotas do Ensino Fundamental e o envolvimento dos estudantes com a Ciência ao fazer uso dessas representações. Para isso, construímos uma sequência didática que foi desenvolvida com uma turma de 7° ano do Ensino Fundamental, durante o período de Ensino Remoto Emergencial (ERE), com a temática “Cosmético”, seguindo uma abordagem baseada na construção, na negociação, no refinamento e na reelaboração de representações. Para a produção de dados, utilizamos as gravações em vídeo das aulas síncronas, juntamente com as representações construídas pelos estudantes e outras atividades realizadas nas aulas assíncronas. A partir da análise dos dados, observamos o potencial das representações multimodais em promover a agência epistêmica nos estudantes. Argumentamos que, além de oportunizar a construção coletiva do conhecimento durante o ERE, ao associar as representações multimodais às práticas epistêmicas, foi possibilitada uma participação mais ativa e legítima dos estudantes. Defendemos que é necessário trabalhar com essas abordagens ao longo da educação básica, visando desenvolver, nos estudantes, competências representacionais. |