Addressing knowledge gaps of Atlantic Forest Xenoctenids (Araneae: Xenoctenidae): a taxonomic, phylogenetic, and biogeographic approach
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Programa de Pós-Graduação em Zoologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/73980 https://orcid.org/0000-0002-3689-4910 |
Resumo: | Xenoctenidae é uma família de aranhas errantes que habita a região Neotropical e é composta por quatro gêneros: Incasoctenus Mello-Leitão, 1942; Odo Keyserling, 1887; Paravulsor Mello-Leitão, 1922; e Xenoctenus Mello-Leitão, 1938. No Capítulo 1 relatamos duas espécies de Xenoctenus que são endêmicas e amplamente distribuídas na Caatinga. Redescrevemos e ilustramos Odo vittatus (Mello-Leitão, 1936), que até então era a única espécie de Xenoctenidae encontrada na Caatinga. Com base em um estudo morfológico comparativo da família, transferimos esta espécie para Xenoctenus Mello-Leitão,1938. Descrevemos o macho de Xenoctenus vittatus comb. nov. e fornecemos novos registros de distribuição para esta espécie, que é restrita a Caatinga e formações vegetais semiáridas próximas. Também descrevemos e ilustramos uma nova espécie, Xenoctenus kaatinga sp. nov., baseado em exemplares machos e fêmeas da Caatinga. Além disso, propomos caracteres diagnósticos para Xenoctenus e redescrevemos a espécie-tipo, X. unguiculatus Mello-Leitão, 1938. No capítulo 2 e 3 estudamos o gênero monotípico Paravulsor, até então conhecido apenas pela sua descrição original. Recentemente, uma hipótese filogenética baseada na morfologia e revisão taxonômica de Xenoctenidae recuperou Odo como um gênero polifilético, com cinco espécies que deveriam ser transferidas para Paravulsor. Além disso, Paravulsor era conhecido somente pela localidade-tipo, mas identificamos que o grupo é amplamente distribuído por toda a Mata Atlântica e apresenta 51 novas espécies. Assim, no Capítulo 2 transferimos as espécies O. blumenauensis Mello-Leitão, 1927, O. obscurus Mello-Leitão, 1936, O. pulcher Keyserling, 1891, 1936 e O. similis Keyserling, 1891 para Paravulsor. Também sinonimizamos O. serrimanus Mello-Leitão, 1936 com O. blumenauensis e redescrevemos e designamos um neótipo para a espécie-tipo, Paravulsor impudicus Mello-Leitão, 1922. Em seguida, o Capítulo 3 explora a posição filogenética de Paravulsor usando métodos filogenômicos e fornece novas evidências para delimitação dos gêneros de Xenoctenidae. Além disso, para desvendar os padrões de distribuição e diversificação dos Xenoctenidae da Mata Atlântica, investigamos cenários biogeográficos do passado baseado em uma filogenia molecular datada e em reconstruções de áreas ancestrais. Nossos resultados apoiam estudos anteriores sobre a taxonomia de Xenoctenidae e recuperaram dois novos gêneros endêmicos da Mata Atlântica. Os padrões de distribuição dos Xenoctenidae da Mata Atlântica correlacionam-se com as áreas de endemismo da Mata Atlântica. Nossos resultados indicam que a diversificação de Paravulsor ocorreu predominantemente durante o Mioceno, associada a reativações tectônicas, responsáveis por mudanças e formações de rios no sudeste e sul da Mata Atlântica neste período. |