Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Muniz, Emerson de Oliveira
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Orientador(a): |
Menezes , Maria Lucia Pires
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Banca de defesa: |
Ferreira, Cássia de Castro Martins
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Faria, André Luiz Lopes de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1407
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Resumo: |
Numa contemporaneidade na qual as estatísticas apontam o incremento dos chamados desastres naturais em todo o mundo, sobretudo em nações como o Brasil, onde o crescente adensamento populacional nas cidades faz delas as áreas preferenciais para a realização das catástrofes, especialmente quando marcadas pela desigualdade social e pela baixa capacidade institucional de prevenção e gerenciamento desses fenômenos. A presente pesquisa faz uma interpretação geográfica do evento de inundação brusca ocorrido na cidade de Areal – RJ no dia 12 de janeiro de 2011, diretamente vinculado à catástrofe socioambiental que se processou na Região Serrana do estado naquela data. A partir da experiência vivenciada pelo próprio autor como testemunha e vítima do desastre em Areal, o trabalho registra como o evento se processou no tempo e no espaço e discute numa proposta integradora as condicionantes físicas e socioinstitucionais relacionadas ao fato da cidade ter tido a quase totalidade de sua área urbana fortemente impactada pela inundação. Dentre as condicionantes analisadas ressalta-se a presença e a operação da barragem Morro Grande, um reservatório para aproveitamento hidrelétrico a montante e próximo da área urbana do município. Duas paisagens são consideradas na interpretação, a da bacia hidrográfica do rio Piabanha e a da área urbana do município de Areal, cidade localizada no curso médio do rio que dá nome à bacia. As interações natureza-sociedade na geração do desastre, o mapeamento da área urbana afetada no evento de 2011, a análise da capacidade político-institucional de resposta à crise e o ordenamento urbano de Areal no engendramento de riscos são aspectos averiguados na pesquisa. Com base na proposta de Libaut (1971), a metodologia obedeceu quatro etapas seqüenciadas e empregou técnicas de trabalho de campo, entrevistas e mapeamento da área inundada. A pesquisa conclui que o evento na cidade foi de grande porte, deflagrado por um contexto de exceção na dinâmica flúvio-meteorológica regional, mas amplificado por fatores ligados à própria espacialidade local. |