Caracterização físico-química, reológica e sensorial de méis comercializados em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pereira, Juliano Rocha lattes
Orientador(a): Silva, Mauricio Henriques Louzada lattes
Banca de defesa: Oliveira, Fabíola Cristina de lattes, Silva, Vanessa Riani Olmi lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: IF Sudeste MG - Campus Rio Pomba
Programa de Pós-Graduação: -
Departamento: -
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Mel
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7126
Resumo: O mel que é um produto natural, produzido pelas abelhas, pode ser considerado o alimento mais complexo encontrado na natureza. Essa complexidade em sua composição é dependente do clima, solo, tipo de abelha e principalmente do tipo floral em que são coletados os néctares. Suas características físico-químicas são importantes parâmetros para se definir, quantificar e caracterizar sua qualidade. Assim, os parâmetros umidade, sacarose, glicose, frutose, acidez, atividade diastática, hidroximetilfurfural (HMF), cinzas e sólidos insolúveis, constituem o padrão de qualidade e identidade do mel. O objetivo desse trabalho foi determinar as características físico-químicas, reológicas e sensoriais de méis comercializados em 6 mesorregiões de Minas Gerais. Ainda sim, verificar se há possíveis adulterações, influência das floradas e regiões sobre os parâmetros físico-químicos e reológicos e a influência das floradas sobre a aceitação sensorial. A utilização de análises estatísticas como a Análise de Componentes Principais (ACP) e Agrupamento foram aplicados sobre os resultados físico-químicos a fim de diferenciar os méis. As análises de Mapa de Preferência e teste CATA (check-all-that-apply) foram utilizadas na avaliação sensorial. Os resultados mostraram que o teor de umidade dos méis variou entre 14,26 e 18,42 g/100g. A acidez livre ficou entre 14,16 a 34,87 meq/Kg. A condutividade elétrica oscilou entre 0,285 e 0,911 mS.cm-1. Os teores de cinza variaram entre 0,18 e 0,53%. Os teores de sólidos insolúveis ficaram abaixo de 0,1 g/ 100g. A quantidade de HMF ficou abaixo de 60mg/Kg. A atividade diastática com exceção das amostras de Eucalipto da Zona da Mata e Laranjeira da região Sul, mostraram valores dentro da legislação brasileira (mínimo 8). O pH oscilou entre 3,86 a 4,52 e o Brix ficou entre 79,40 a 83,43. As amostras exibiram maiores teores de frutose (35,86 – 41,50 g/100g) e menores teores de glicose (26,30 – 34,48 g/100g). Os teores de sacarose, com exceção da amostra Assa-Peixe da região Central, exibiram valores dentro do permitido pela legislação brasileira (6,0 g/100g). A razão frutose/glicose variou entre 1,10 e 1,36. Os valores de viscosidade plástica oscilaram entre 18,92 a 64,39 Pa.s-1. Todas as amostras de mel apresentaram comportamento próximo do newtonianos e com baixa pseudoplasticidade. O modelo matemático de Ostwald de Waele forneceu uma boa descrição da viscosidade plástica dos méis. A utilização de análises dos componentes principais entre mesorregiões e floradas mostrou que os parâmetros físico-químicos viscosidade, sacarose, pH e cinzas podem diferenciar méis das mesorregiões Triângulo Mineiro (TM) e Vale do Jequitinhonha e Mucuri (VJM). Os resultados da análise sensorial indicou que houve uma preferência para as floradas Velame e Silvestre no atributo sabor. Eucalipto, Assa-Peixe e Velame no atributo textura. Silvestre, Marmeleiro e Velame no atributo aroma. Florada Assa-Peixe pelo atributo aparência e Silvestre pelo atributo coloração. Floradas Eucalipto e Silvestre foram as que tiveram maior preferência no atributo impressão global, sendo essas duas floradas, as mais comercializadas em Minas Gerais.