Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Fernando Cordeiro
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Orientador(a): |
Dutra, Herica Silva
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Banca de defesa: |
Oliveira, Anabela de Sousa Salgueiro
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Carbogim, Fábio da Costa
,
Braga, Luciene Muniz
,
Krempser, Paula
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Faculdade de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12305
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Resumo: |
A terapia intravenosa é amplamente utilizada nos ambientes de saúde, sendo as veias periféricas a primeira opção de uso no contexto anestésico-cirúrgico. Dessa forma, o trauma vascular periférico pode ocorrer advindo da punção de veias por causas biológicas, (bio)químicas e mecânicas e cujas manifestações podem ser identificadas de forma precoce ou tardia. O objetivo geral do estudo foi analisar a ocorrência de trauma vascular periférico decorrente do processo de punção de veias em contexto anestésico-cirúrgico. Método: estudo transversal descritivo. A escolha da amostra foi por tipicidade e a dos participantes por conveniência, mulheres submetidas à abordagem anestésico-cirúrgica, considerando a avaliação do local de inserção do dispositivo venoso periférico após sua retirada. O instrumento de coleta de dados foi estruturado conforme as variáveis de interesse: 1) Caracterização de mulheres submetidas a procedimento anestésico-cirúrgico; 2) Experiência anestésico-cirúrgica; 3) Caracterização do processo de punção venosa; 4) Ocorrência de trauma vascular; 5) Registro fotográfico do local da punção de veias. As participantes foram recrutadas por meio de convite individual realizado no ambiente do setor de internação cirúrgica. Resultado: participaram do estudo 189 mulheres, com idade média de 34,41 anos, submetidas a cesárea (51,9%) ou videocirurgia (48,1%). As técnicas anestésicas mais utilizadas foram a raquianestesia (50,3%) e anestesia combinada (38,6%). A maioria das punções venosas periféricas foram realizadas em articulação (74,1%) com jelco 18G (56,6%) e tempo de permanência de 12 até 24 horas (77,7%). A ocorrência de trauma vascular periférico foi observada em 67,2% das participantes, sendo que 46,1% apresentaram entre três e cinco manifestações de traumas. As manifestações mais observadas foram dor (64,0%), eritema (63,0%), edema (52,4%), alteração de temperatura (51,0%) e maceração da pele (28,6%). As evidências fotográficas apontaram uso de cobertura porosa não estéril, dificultando a visualização do sítio de inserção e identificação precoce de sinais de traumatismo vascular. Além disso, a presença de resíduo de sangue no circuito, ausência de estabilização do cateter, sistema aberto e acotovelamento do circuito apontam fatores contribuintes para a ocorrência de trauma vascular periférico. Conclusão: a ocorrência de trauma vascular periférico foi elevada nesta investigação, considerando que esse evento pode ser prevenível. Ações de enfermagem como participação efetiva no processo de padronização de insumos, revisão de protocolos, capacitação da equipe, inclusão de tecnologias de visualização da rede venosa e envolvimento do paciente nesse processo, buscando sua segurança, além da adoção de estratégias de prevenção de trauma vascular periférico consolidadas na literatura, podem contribuir para a diminuição da ocorrência desse evento. |