Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Polisseni, Álvaro Fernando
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Orientador(a): |
Guerra, Martha de Oliveira
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Banca de defesa: |
Araújo, Dimas Augusto Carvalho de
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Castellano Filho, Didier Silveira
,
Lemos, Claudia Navarro Carvalho Duarte
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1478
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Resumo: |
Como consequência do hipoestrogenismo que se instala a partir da perimenopausa, surgem sintomas vasomotores, atrofia vaginal, disfunções sexuais, sintomas urinários, além de aumento de risco para doença cardiovascular e osteoporose. Estes sinais e sintomas podem interferir na qualidade de vida da mulher climatérica. O interesse pelo estudo da qualidade de vida tem sido crescente em várias áreas humanas, pois é fundamental que o aumento da expectativa de vida seja acompanhado de melhor qualidade da mesma. Esta deve ser avaliada, contemplando os domínios físico, social, psicológico e espiritual. Vários fatores estão relacionados à qualidade de vida da mulher climatérica, como a escolaridade, estado marital, atividade remunerada, renda familiar, morbidades, dificuldades conjugais, familiares, sexuais e sociais, além dos hábitos de vida. Os sintomas que surgem nesta fase, decorrentes do hipoestrogenismo, são capazes de deteriorar a qualidade de vida destas mulheres. Visando a melhoria destes sintomas, o uso da terapia hormonal (TH) seja com estrogênio ou outra droga, como a tibolona, tem sido indicada. A questão da qualidade de vida, apesar de sua importância na atualidade, infelizmente ainda é pouco estudada no Brasil. A maioria dos estudos tem sido realizada em outros países, não sendo possível a transposição de seus resultados para a realidade brasileira, em razão das diferenças culturais e sócio-econômicas. É incontestável a importância da TH na melhoria dos sintomas climatéricos, contudo permanecem contraditórios os resultados dos estudos mostrando o impacto desta terapia na qualidade de vida das mulheres na pós-menopausa. Além disso, são estudos utilizando estrogênios e progestógenos diferentes, esquemas, doses de medicamentos e vias de administração diversas, chegando a resultados variados. Devido à importância do tema, a proposição deste estudo é comparar os efeitos de um esquema combinado-contínuo de baixa-dose (BD-TH) com os efeitos da tibolona e com o grupo-controle sobre a qualidade de vida de mulheres sintomáticas, no climatério (pós-menopausa). Cento setenta e quatro mulheres foram selecionadas e randomizadas em três grupos: o grupo 1 foi medicado com 2,5 mg/dia de tibolona; o grupo 2 com 50 mg carbonato de cálcio/200 UI vitamina D3/dia (controle) e o grupo 3 com 1 mg estradiol/0,5 mg de acetato de noretisterona/dia (BD-TH). Cento e trinta mulheres completaram o estudo. Nenhuma diferença significativa em relação ao tempo de menopausa e qualidade de vida antes do inicio do tratamento foi encontrada entre os três grupos. O Questionário da Saúde da Mulher (QSM) foi administrado antes do uso da medicação e após 4, 8 e 12 semanas de tratamento, nos três grupos. Houve melhora global da qualidade de vida, nos três grupos. A avaliação da qualidade de vida por domínios, ao longo do tempo, demonstrou melhora dos oito domínios estudados, nos três grupos, no final do tratamento. A BD-TH foi superior à tibolona e ao suplemento de Ca/vitamina D3 em relação aos sintomas vasomotores. A tibolona, comparada ao esquema E2/NETA e suplemento de Ca/vitamina D3 foi a que teve melhor resposta nas questões relacionadas a função sexual. Concluiu-se que houve melhora da qualidade de vida nos três grupos de estudo. A tibolona foi efetiva na melhoria da qualidade de vida das pacientes, atuando principalmente nas questões relacionadas a função sexual, sendo superior a BD-TH neste domínio. A associação estroprogestogênica também se mostrou eficaz na melhoria da qualidade de vida na pós-menopausa determinando melhor resposta nos sintomas vasomotores. |