Florística e padrões de distribuição da flora associada à áreas úmidas sazonais no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cruz, Ludymila Viana Valadares lattes
Orientador(a): Salimena, Fátima Regina Gonçalves lattes
Banca de defesa: Pivari, Marco Otávio Dias lattes, Carvalho, Fabricio Alvim lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5441
Resumo: O Parque Estadual do Ibitipoca (PEIB), inserido na Serra da Mantiqueira, é a menor unidade de conservação do Estado de Minas Gerais com predomínio dos campos rupestres, sendo considerado uma área prioritária para conservação da flora do Estado. Durante a estação chuvosa, formam-se as áreas úmidas, campos úmidos e lagoa temporária, que compreendem uma flora singular, com espécies adaptadas aos solos ricos em matéria orgânica e com grande amplitude hídrica. O objetivo do presente trabalho foi conhecer a riqueza, diversidade, composição, estrutura e distribuição da vegetação associada às áreas úmidas do PEIB. Os resultados são apresentados em dois capítulos. Para o levantamento florístico foram realizadas expedições mensais de abril de 2015 a agosto de 2016. Foram encontradas 81 espécies nos campos úmidos, em sua maioria endêmicas do Brasil, incluídas em 55 gêneros e 21 famílias. Na lagoa temporária foram encontradas 27 espécies, grande parte com ampla distribuição geográfica, pertencentes a 23 gêneros e 11 famílias, sendo uma espécie nova para a ciência e considerada microendêmica. Em ambas as áreas a forma de vida predominante foi hemicriptófita. A composição florística mostrou uma grande importância para conservação com a presença de doze espécies endêmicas de Minas Gerais e cerca de 22% da riqueza específica presente em alguma categoria de ameaça de extinção. Para verificar a diversidade florística e compreender os padrões de distribuição da comunidade vegetal na lagoa temporária (Lagoa Seca) foram realizadas coletas fitossociológicas em novembro de 2015 e fevereiro, abril e junho de 2016. Foram amostrados 24 táxons: quatro briófitas e 20 angiospermas. As espécies anfíbias obtiveram maior predominância, seguida das emergentes. Juncus microcephalus (44,7) e Nymphoides indica (25,5) alcançaram os dois maiores VI’s na comunidade. A diversidade para a área de estudo como um todo foi considerada baixa (H’=1,83) em relação a outros estudos em áreas úmidas, enquanto a equitabilidade foi considerada alta (J=0,88). Não foi possível agrupar espécies preferenciais a ambientes úmidos ou ambientes secos, espacialmente e temporalmente. A umidade do solo medida não possui correlações significativas com as riquezas, sugerindo que a submersão das espécies tenha maior efeito como barreira de colonização.