Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jerusa Botelho
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Orientador(a): |
Drumond, Betânia Paiva
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Banca de defesa: |
Leite, Juliana de Almeida
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Santos, Márcia Mercês Aparecida Bianchi dos
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/601
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Resumo: |
A dengue é a arbovirose de maior importância para a saúde pública no Brasil. A cidade de Juiz de Fora vem passando por diversas epidemias de dengue nos últimos anos, com o registro de casos graves e óbitos. Diante deste contexto, este trabalho visou investigar a circulação de Dengue virus (DENV) em Aedes aegypti coletados do ambiente e em amostras clínicas de pacientes com suspeita de dengue por meio de técnicas moleculares e sorológicas. Amostras de Aedes aegypti (larvas e mosquitos) e soro de pacientes passaram pelo processo de extração de RNA total e este material foi utilizado para detecção de DENV por RT-PCR. Amostras clínicas de pacientes que apresentavam até seis dias de febre foram testadas para a proteína NS1 para Dengue virus. Além disso, foi realizada a análise das fichas dos pacientes nas quais foi possível verificar o dia de início da febre, os dados hematológicos (hematócrito, leucometria global e contagem de plaquetas) e sorológicos (IgM e/ou IgG). Aedes aegypti foi coletado em todas as regiões da cidade e dos 163 pools de larvas analisados, o DENV foi detectado em seis (cinco pools positivos para DENV-1 e um pool positivo para DENV-2). Estes pools haviam sido coletados nas regiões Norte, Centro e Sul. Das 166 amostras clínicas analisadas na detecção molecular, seis foram positivas (uma amostra positiva para DENV-1 e cinco amostras positivas para DENV-2). Sessenta amostras clínicas foram testadas para NS1 e 11 (18,33%) foram positivas. A partir da análise das fichas dos pacientes foi possível observar que 132 apresentavam resultados de sorologia. Destes, 39/132 (29,54%) apresentaram IgM, 9/132 (6,81%) apresentaram IgG e 15/132 (11,36%) apresentaram IgM e IgG. Além disso, 109 pacientes mostraram dados hematológicos. Entre estes, 18 (16,51%) pacientes apresentaram hematócrito inferior ao valor de referência, 32 (29,35%) desenvolveram leucometria abaixo de 3.500/mm3 e 24 (22,02%) tiveram contagem de plaquetas inferior ao valor de referência. Este é o primeiro estudo de investigação molecular de DENV em Juiz de Fora e os resultados indicaram a cocirculação dos sorotipos 1 e 2 em Juiz de Fora e a ocorrência da transmissão transovariana de DENV no Aedes aegypti. A combinação dos testes moleculares e sorológicos permitiu a identificação de 50 pacientes na fase aguda da doença e 22 na fase de convalescença. O conhecimento dos tipos virais circulantes no município e o diagnóstico da dengue em pacientes por mais de um teste e/ou parâmetro laboratorial constituem informações valiosas do ponto de vista epidemiológico e na estruturação de políticas públicas que visem o controle da dengue. |