“Mas podia ter coentro”: crianças migrantes e trajetórias que se encontram...

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teixeira, Mônica de Carvalho lattes
Orientador(a): Lopes, Jader Janer Moreira lattes
Banca de defesa: Marques, Luciana Pacheco lattes, Picanço, Ana Rosa lattes, Santana, Claudia da Costa Guimarães lattes, Motta, Flávia Miller Naethe lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6767
Resumo: Esta pesquisa é fruto de inquietações em relação à forma de se lidar com crianças migrantes dentro da rede municipal da cidade de Itaboraí é um pensar sobre a relação da criança migrante com o espaço que lhe é ofertado. Esta pesquisa se desenvolveu em uma escola pública de Educação Infantil da cidade de Itaboraí, região metropolitana fluminense, que recebeu um grande contingente de migrantes por conta do COMPERJ (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), cuja implantação fez parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e foi apresentado pelo governo federal, em junho de 2006, como um eldorado de oportunidades. Isso significou que a demanda nas escolas públicas da rede municipal sofreu um considerável aumento no número de crianças migrantes e, no encontro entre professores e crianças, em especial com as crianças migrantes, necessário se fez entender de que forma estas estabeleciam relações entre si e com os espaços que ocupam. Com a Operação Lava Jato deflagrada em março de 2014, a cidade no início do ano de 2015, sofreu um decréscimo no número de migrantes, tendo muitos deles retornado às suas regiões de origem, precisando assim, redesenhar a pesquisa até então em andamento. Desta forma, me apareceu Shirley, uma criança baiana de nascimento, com algumas andanças pelo nosso país, tornando-se a atriz principal destas páginas. A pesquisa pretendeu dialogar com os Estudos da Infância: Sociologia da Infância e Geografia da Infância e com questões referente aos estudos de Identidade e Diferenças, para a partir da autoria e da vivência de Shirley no espaço ofertado, a pesquisa ‘com’ se efetivasse. Apesar do avanço conquistado através da existência de práticas pedagógicas que trabalharam com o protagonismo de Shirley, muito ainda há de ser feito para que a inserção real de crianças, migrantes ou não, no espaço escolar seja realizado. O olhar folclorizado ou romantizado para com as infâncias que se fazem presentes no seio da escola necessita de um ajuste para romper com o adultocentrismo ainda presentes nas práticas pedagógicas e o olhar unilateral sobre a cultura das infâncias.