Vivências de estudantes trans* na Universidade Federal do Maranhão
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00055 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15568 |
Resumo: | A tese tem como eixo central problematizar as vivências de estudantes trans* na Universidade Federal do Maranhão, uma vez que a entrada e a permanência de pessoas trans* na Universidade pública convocam-nos a tencionar a Educação brasileira, as nossas práticas educativas, os nossos materiais didáticos, as nossas relações com as identidades, problemáticas que constituem o processo de construção dos sujeitos em meio a saberes. Fruto de experiências docentes nessa universidade, a pesquisa surgiu a partir de inquietações produzidas com enunciados de pessoas trans* que cursavam as disciplinas Didática I e II. Os diálogos da investigação foram construídos na interlocução com perspectivas pós-estruturalistas das relações de gêneros, sexualidades e educação, com os estudos foucaultianos e também com as produções brasileiras de pessoas trans*. A estratégia metodológica utilizada foi a entrevista narrativa, considerando a análise do discurso de inspiração foucaultiana. Discutiram-se os processos de constituição dos sujeitos e os modos de subjetivação que atravessavam as pessoas que participaram da pesquisa. Com isso, foram narrados encontros e desencontros, descobertas e desafios que, considerando determinados contextos e tempos históricos, expressaram as vivências de pessoas trans* na sua relação com a universidade. Questões como a luta pelo nome social, experiências com o uso do banheiro, questionamentos sobre silenciamentos das pessoas trans* nos currículos, experiências com a passabilidade e com a transfobia foram elementos centrais das narrativas que conduziram a problematizar modos de constituição das pessoas participantes da pesquisa. Embora as experiências das pessoas trans* se aproximem em muitos aspectos, argumentamos que elas constroem diferentes modos de ser, de agir, de se posicionar no mundo e produzem trajetórias heterogêneas e singulares. |