Perfil clínico, sociodemográfico e laboratorial dos indivíduos com suspeição diagnóstica de hanseníase atendidos no CREDEN-PES no período de 2017 a 2021
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais (PPGMQ-MG)
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Departamento: |
ICV - Instituto de Ciências da Vida
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00131 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14114 |
Resumo: | O diagnóstico precoce da hanseníase é uma importante estratégia para interromper a cadeia de transmissão do M. leprae e prevenir a incapacidade física. No entanto, o diagnóstico é essencialmente clínico e, em muitos casos, os sintomas são sutis e às vezes passam desapercebidos até mesmo pelos especialistas. Os exames de baciloscopia e histopatologia auxiliam no diagnóstico clínico, na categorização espectral e no tratamento da doença. Nas regiões onde a endemicidade é maior, métodos sorológicos e moleculares devem ser utilizados, principalmente entre os contatos domiciliares, para identificar contatos de pacientes com possibilidades de adoecimento. Nesse sentido, propusemos traçar o perfil clínico, sociodemográfico e laboratorial dos indivíduos com suspeição de hanseníase atendidos no CREDENPES. Amostras de raspado dérmico auricular dos participantes do estudo foram coletadas e conservadas em álcool a 70%. Posteriormente, extraiu-se e quantificou-se o material genético. Em seguida realizou-se a qPCR tendo como alvo o gene RLEP (Elementos repetitivos) para identificação da presença de DNA do M. leprae. nas referidas amostras. Foram analisadas amostras de 411 indivíduos. Desse total, 158 foram classificados como casos e 253 como indivíduos com suspeição para hanseníase. Verificou-se um número significativo de casos com idade entre 40 a 69 anos (n=85), sendo que 58,86% foram do sexo masculino e 83,87% apresentaram qPCR positiva, indicando a presença de DNA de M. leprae nas amostras de raspado dérmico coletadas. Quanto à escolaridade, entre os que tinham 1ª a 4ª série incompleta, a reação qPCR foi positiva em 89,66%. A maioria dos casos notificados foi classificada como multibacilar (63,92%). Entretanto, o teste qPCR foi positivo em 75,44% dos casos classificados como paucibacilares e 86,14% dos casos multibacilares. Em relação aos indivíduos com suspeição de hanseníase, das 253 amostras coletadas, 100% apresentaram índice bacilar negativo (IB=0. Entretanto, os resultados do teste qPCR indicaram que 120 amostras (47,43%) eram positivas para o gene RLEP. Esses resultados reforçam a necessidade da implementação de métodos laboratoriais mais sensíveis para o diagnóstico da hanseníase. Além disso, vale destacar a identificação de dois casos de pacientes (forma clínica virchowiana e dimorfa) com IB zero e resultados de qPCR positivos. Os dados obtidos em nosso estudo indicam a possibilidade de adoecimento daqueles indivíduos encaminhados ao CREDENPES, com suspeição de hanseníase, que apresentaram resultados positivos para DNA de M. leprae na qPCR, embora com IB zero. |