Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Carmo, Layla Procópio do
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Orientador(a): |
Pereira Netto, Michele
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Banca de defesa: |
Rocha, Daniela Silva
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Faria, Eliane Rodrigues de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17159
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Resumo: |
A gestação e o pós-parto são períodos de diversas mudanças metabólicas e fisiológicas, nos quais a alimentação possui um papel importante para manutenção da saúde materna. É observado um crescente aumento no consumo de alimentos ultraprocessados (AUP), que se associam ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), nos diferentes ciclos da vida, inclusive no período pós-parto. A escolha por AUP é muitas vezes resultado da falta de tempo para o preparo das refeições e da falta de confiança dos indivíduos de usarem suas competências culinárias. O presente estudo visa avaliar o uso das habilidades culinárias e associar com condições individuais e de saúde, e o consumo de ultraprocessados de mulheres em até um ano pós-parto atendidas nas Unidades Estratégia Saúde da Família no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal desenvolvido com mulheres de 18 anos ou mais, em período pós-parto que realizam acompanhamento em uma das 37 Unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF), na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. As participantes do estudo foram convidadas a responder um questionário, composto por quatro sessões. Na primeira sessão foram solicitadas informações pessoais como nome, idade, endereço, a classificação de raça, grau de instrução e condições socioeconômicas. A segunda sessão sobre autonomia culinária, mensurou o grau de confiança da participante, bem como, o conhecimento para o preparo e pré-preparo de alimentos, com aplicação do Índice de Habilidades Culinárias (IHC). Na terceira sessão foram coletadas informações maternas, com dados referentes ao acompanhamento gestacional, tipo de parto, peso pré-gestacional (PPG), peso atual, altura, e a presença de doenças crônicas (diabetes, hipertensão e obesidade). A quarta sessão era composta por questionário semiquantitativo de consumo alimentar. Foram avaliadas 360 mulheres, sendo 36% raça branca, 64,9% raça não branca (preta, parda amarela ou indígena), em relação a idade 37,1%, apresentavam-se entre 18 e 25 anos, 44,8% entre 26 e 35 anos e 18,1% entre 36 e 45 anos. Quanto ao nível de instrução 11,9% se declararam analfabetas ou com ensino fundamental incompleto, 24,4%, declararam-se com ensino fundamental completo, 53,5% com ensino médio completo e 10,8% com ensino superior completo. Em relação as condições socioeconômicas, 16,9% encontrava-se em nas classes sociais (A, B1 e B2), 73,9% em (C1 e C2), 10,1% em (D e E). Quanto ao estado nutricional atual, 4,4%, encontravam-se em baixo peso, 38,2% em eutrofia, 28,9% em sobrepeso e 28,4%, apresentaram quadro de obesidade. A média do Índice de Habilidades Culinárias na população estudada foi de 73,98 ± 17,97 pontos. Houveram diferenças significativas entre as médias de IHC nas mulheres de maior escolaridade, maior renda e menor retenção de peso. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de maior e menor consumo de alimentos ultraprocessados, quanto ao nível de habilidades culinárias. Encontrou-se uma correlação positiva fraca entre o IHC e a idade, uma correlação positiva moderada entre o IHC e o nível de instrução e uma correlação negativa fraca entre o IHC e a retenção de peso pós-parto. Observa-se com os resultados deste estudo que um bom nível de habilidades culinárias foi associado a maior faixa etária, maior nível de instrução e condições socioeconômicas e a menor retenção de peso em período pós-parto. |