Abelhas ou arquitetos? A compreensão dos professores sobre autonomia e as implicações no seu processo de formação e trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Martins, Elita Betania de Andrade lattes
Orientador(a): Calderano, Maria da Assunção lattes
Banca de defesa: Nunes, Célia Maria Fernandes lattes, Santos, Sônia Regina Mendes dos lattes, Marques, Luciana Pacheco lattes, Rodrigues, Rubens Luiz lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/815
Resumo: Esta tese é resultado de uma pesquisa desenvolvida junto a professores de quatro escolas da rede municipal de Juiz de Fora com o objetivo de identificar e analisar como eles têm construído seu conceito de autonomia docente e, consequentemente, como tal construção tem influenciado no desenvolvimento do trabalho pedagógico. O interesse por tal questão é decorrente do desejo de aprofundar estudos iniciados durante o Mestrado sobre autonomia escolar aliado a vivências profissionais. A pesquisa foi desenvolvida com bases no enfoque histórico dialético, e, para isso, além do levantamento e estudo bibliográfico foi empregado um questionário semi-aberto, para coleta de opinião junto a 91 professores das escolas pesquisadas, sobre o tema autonomia docente. As respostas obtidas foram analisadas com o auxílio do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) e complementadas com a realização de entrevistas junto a 9 professoras participantes da etapa anterior da pesquisa. Foram feitas, também, leituras e análise de documentos como atas de reuniões pedagógicas, Projeto Político Pedagógico de cada uma das quatro escolas selecionadas para o desenvolvimento da pesquisa. O aprofundamento das reflexões em torno do tema autonomia docente e a análise das informações obtidas foram desenvolvidas tendo o suporte teórico de autores como: Kant (2011), Marx (2004, 2010), Gramsci (2012) Ricardo Antunes (1997), Paulo Freire (1998, 2001), José Contreras (2002), Stephen Ball (2005, 2012), Bernadete Gatti (2009, 2012) entre outros. Iniciamos as discussões tecendo considerações sobre o trabalho docente interligado à autonomia e ao processo de formação docente, sobretudo a continuada. Tal estudo possibilitou a compreensão de autonomia docente como um conceito complexo que pode ser analisado a partir de diferentes enfoques. Destacamos algumas categorias por nós sistematizadas, que ora se opõem, ora se completam: a) quanto a sua forma de obtenção (a prescrita e a conquistada); b) quanto à forma como é exercida (a individual, a de categoria, a encastelada e a em rede); c) quanto à forma como é empregada (a procedimental e a autoral). Os professores da rede municipal de Juiz de Fora indicaram possuir autonomia, porém os dados apontaram o predomínio de uma autonomia individual, encastelada e ligada a procedimentos, a qual contribui para processos de responsabilização e proletarização docente.