Desordem temporomandibular em pacientes com artrite idiopática juvenil: avaliação clínica e correlação com os achados de tomografia computadorizada de feixe cônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ferraz Júnior, Antônio Márcio Lima lattes
Orientador(a): Guimarães, Josemar Parreira lattes
Banca de defesa: Reis, Henrique Nogueira lattes, Devito, Karina Lopes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2550
Resumo: Desordens temporomandibulares (DTM) são alterações desencadeadas por distúrbios articulares e/ou musculares na região orofacial caracterizadas por manifestarem dor e/ou disfunção. A artrite idiopática juvenil (AIJ) é uma doença crônica e sistêmica, que se inicia em crianças e adolescente menores de 16 anos de idade, sendo caracterizada por uma sinovite crônica nas articulações. Os objetivos da presente pesquisa foram avaliar a presença de DTM em pacientes com AIJ por meio da utilização dos Critérios de Diagnóstico para Pesquisa da Desordem Temporomandibular (RDC/TMD) e, posteriormente, correlacionar o diagnóstico clínico de DTM com os achados da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) e com a idade, gênero sexual, tempo do início dos sintomas, tempo de tratamento e subtipo da AIJ dos pacientes. Foram avaliados 15 pacientes (oito do gênero sexual masculino e sete do gênero feminino) com idade variando entre seis e 28 anos (média de 16,3 anos). Foram encontradas 25 (83,3%) articulações temporomandibulares (ATM) com diagnóstico clínico de DTM. Apesar das alterações articulares terem sido frequentes na avaliação por meio da TCFC (83,3%), apenas cinco (17,7%) ATM apresentaram um diagnóstico clínico de osteoartrite ou osteoartrose. Após análise estatística dos resultados, com nível de significância de 5% (p≤0,05), pôde-se sugerir que: o diagnóstico clínico de DTM e os achados da TCFC não tiveram correlação estatisticamente significante com o gênero sexual e com o subtipo da AIJ; um maior número de diagnósticos clínicos de DTM do lado direito aumentou a probabilidade de se encontrar um maior grau de DTM no lado esquerdo e quanto maior o tempo do início dos sintomas da AIJ, maior foi o grau de DTM e maior foi a probabilidade de se encontrar alterações tomográficas bilateralmente; um número maior de alterações tomográficas do lado direito aumentou a probabilidade de se encontrar um maior grau de alteração tomográfica no lado esquerdo; as ATM do lado esquerdo dos pacientes acometidos pela AIJ numa idade mais avançada, com um início dos sintomas tendo ocorrido há mais tempo e com um maior tempo de tratamento estavam relacionadas com um maior grau de alteração tomográfica; quando o início dos sintomas da AIJ ocorreu há mais de três anos, maior foi o grau de DTM (lado direito e esquerdo) e o grau de alteração tomográfica (lado esquerdo) e também foi maior a probabilidade de se encontrar diagnóstico de DTM e alterações tomográficas bilateralmente; quando a idade no 8 momento da avaliação foi superior a 16 anos, maior foi o grau de DTM e de alteração tomográfica encontrado (lado esquerdo).