Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Sarah Munck
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Orientador(a): |
Carrizo, Silvina Liliana
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Banca de defesa: |
Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues
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Teixeira, Livia Maria de Freitas Reis
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Daibert, Bárbara Inês Ribeiro Simões
,
Monte Alto, Rômulo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/532
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Resumo: |
Esta dissertação de mestrado tem como objetivo apresentar aos leitores e pesquisadores brasileiros os romances O ano da seca (1997) e Terramores (2008), assim como a obra poética Altamarinas (1997b), todas de autoria do escritor canário Víctor álamo de la Rosa. Do mesmo modo, objetiva-se demonstrar que o universo fictício criado por La Rosa – a Isla Menor – edifica-se sob os paradoxos da insularidade canária já que a ínsula, em seu dinamismo retrátil, volta-se para si mesma e, em seu movimento expansível, alonga-se para a linha atlântica. A partir dos elos metafóricos das contrações islenhas, busca-se compreender o encadeamento proxêmico de Maffesoli (1988), tendo em vista que o ethos das Ilhas Canárias, arquitetado nas obras em tela, ora edifica-se nas profundezas das cavernas vulcânicas, ora constrói-se nas travessias atlânticas dos barcos migrantes. Portanto, observa-se que o arquipélago canário e o continente americano permanecem atados pelo continuum multiterritorial, conceito desenvolvido por Haesbaert (2007) e reconhecido por Ramos (1996) como comarca atlântica. Além disso, examina-se na ilha de Víctor Álamo de la Rosa os sentimentos antagônicos de aconchego e encarceramento da “casa” de Bachelard (1957). Igualmente, a imagem do horizonte atlanticista e a ideia da casa onírica (a América) fundam nos personagens migrantes pensamentos devaneadores que os levam a almejar a casa sonhada em portos distantes. Ironicamente, instaurados no outro lado da orilha atlântica, os protagonistas dedicam à Isla Menor os mistérios da casa natal bacheleriana. Finalmente, através da prática devaneadora de Bachelard (1960), a ilha de La Rosa atua como um ponto mágico no oceano e, comprimindo o tempo em espaço, retrata o estado de alma de muitos povos que foram transplantados de seus lares no caminhar das centúrias. |