Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Ricardo Augusto Paletta
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Orientador(a): |
Chaoubah, Alfredo
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Banca de defesa: |
Caetano, Rosângela
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Maestrini, Heloisa Andrade
,
Guerra, Maximiliano Ribeiro
,
Fernandes, Guilherme Côrtes
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2183
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Resumo: |
O glaucoma é considerado pela Organização Mundial de Saúde como a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. A forma mais comum, o glaucoma primário de ângulo aberto, tem bases genéticas, portanto sua prevenção primária ainda é inviável do ponto de vista prático. As principais ações para evitar a progressão para cegueira estão voltadas para sua prevenção secundária (diagnóstico precoce e tratamento eficaz). O principal fator de risco para a progressão da doença é a hipertensão ocular. Nos pacientes glaucomatosos, a pressão intraocular se eleva por uma obstrução gradativa da via de escoamento do humor aquoso no olho, chamada trabeculado. O tratamento do glaucoma pode ser realizado através de colírios, laser ou cirurgia. O envelhecimento da população mundial requer uma alocação custo-efetiva de recursos no tratamento e no controle do glaucoma primário de ângulo aberto. Com a previsão do aumento da incidência e da prevalência do glaucoma no futuro, o impacto econômico aumentará significativamente. O objetivo deste estudo é avaliar a eficiência comparativa do tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto no Brasil, através de uma avaliação de custo-utilidade de diferentes estratégias de tratamento. O estudo de custo-utilidade foi realizado através de modelagem de Markov. Os dados (custos, efetividades e probabilidades de transição) para a construção do modelo foram obtidos na literatura e através da análise de um banco de dados de pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo aberto em tratamento e cadastrados pelo pesquisador. A perspectiva utilizada foi a do Sistema Único de Saúde financiador e o horizonte temporal foi o da expectativa de vida média da população brasileira. As alternativas de tratamento testadas nos modelos foram observação, tratamento clínico com colírios, tratamento com laser e tratamento com cirurgia. Construíram-se 3 modelos de Markov de acordo com o estágio evolutivo da doença: Modelo 1 para glaucoma inicial, Modelo 2 para glaucoma moderado e Modelo 3 para glaucoma avançado. As medidas de desfecho analisadas foram os custos (em reais), o ganho em qualidade de vida (utilidades) e a razão de custo-utilidade incremental. Encontrou-se que no Modelo 1, a razão de custo-utilidade incremental do tratamento inicial com laser e do tratamento inicial com colírios, em relação à observação, foi R$2.811,39/QALY (Quality-adjusted life year) e R$3.450,47/QALY, respectivamente. Ambas as estratégias foram custo-efetivas, proporcionando ganhos significativos de qualidade de vida (em torno de 2,5 QALYs para o tratamento a laser e 5,0 QALYs para o tratamento com colírios). No Modelo 2, tanto o laser quanto a cirurgia foram bastante custo-efetivos. O tratamento inicial com colírios apresentou custos elevados e quase ultrapassou o limiar de custoefetividade sugerido pela organização Mundial de Saúde. Para o Modelo 3, tanto o tratamento inicial com colírios quanto o com cirurgia foram custo-efetivos. Em todos os modelos, a idade de entrada teve um impacto grande nos resultados. Quanto mais jovem o paciente, mais custo-efetivos eram os tratamentos iniciais com laser e com cirurgia. Concluiu-se, portanto, que todas as estratégias de tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto foram custo-efetivas e proporcionaram ganhos reais na qualidade de vida. Os resultados sugerem quais as estratégias mais custoefetivas de acordo com o estágio evolutivo do glaucoma primário de ângulo aberto. |