Restrições de oferta e determinantes da demanda por financiamento no Brasil considerando multiplicadores da matriz de contabilidade social e financeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Burkowski, Érika lattes
Orientador(a): Perobelli, Fernanda Finotti Cordeiro lattes
Banca de defesa: Porsse, Alexandre Alves lattes, Aldridge, Dante Mendes lattes, Freguglia, Ricardo da Silva lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/121
Resumo: O objetivo desta pesquisa é verificar os fatores que influenciam a demanda das firmas brasileiras (restritas e irrestritas) por financiamento, e quais os efeitos de choques no setor de intermediação financeira sobre o produto e sobre essa demanda no Brasil. Buscou-se na metodologia Insumo-Produto, e em suas recentes abordagens, elementos que contribuíssem para o entendimento das restrições de oferta na decisão de estrutura de capital das empresas brasileiras. Foram construídas Matrizes de Contabilidade Social e Financeiras, as quais evidenciam a variação de ativos e passivos dos agentes econômicos, e por meio delas, foram extraídos multiplicadores do produto, que representam o efeito de choques exógenos sobre a produção brasileira. O impacto de choques no setor de intermediação financeira sobre o produto dos demais setores de atividade econômica foi denominado: Multiplicador Financeiro Setorial (MFS), por permitir visualizar o impacto de restrições dos fluxos financeiros no nível do setor. O impacto de restrições financeiras no nível da firma foi analisado com o modelo de Almeida e Campello (2010), destacando que a demanda por recursos externos é menos sensível ao fluxo de caixa em firmas mais propensas a sofrer restrições financeiras, o que implica na aceitação de que as decisões de investimento e financiamento são endógenas, ao menos para a firmas restritas, ressalvando as proposições tradicionais da teoria de estrutura de capital, como Dynamic Trade-off (DTO) e Pecking Order Theory (POT), bem como a necessidade de tratamento especial na modelagem econométrica. O modelo de Flannery e Rangan (2006), estimado pelo Método das Variáveis Instrumentais, de forma a considerar a restrição financeira, revela a importância de diversos fatores determinantes do endividamento além do fluxo de caixa, como tamanho, tangibilidade, risco, elementos relacionados a janelas de oportunidades, o custo da dívida e o efeito negativo do MFS, que o destaca como indicador da sensibilidade setorial. Estimando o modelo de Shyam-Sunders e Myers (1999), pelo Método dos Momentos Generalizados, também de forma a considerar a presença de restrição, observou-se que a POT é adequada para explicar a decisão de estrutura de capital somente das empresas irrestritas.