Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Candiá, Raquel Noceli Neves
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Orientador(a): |
Barboza Filho, Rubem
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Banca de defesa: |
Domingues, Beatriz Helena
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Lima, Marcelo Ayres Camurça
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Bom Jardim, Fernando Perlatto
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Burgos, Marcelo Tadeu Baumann
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5495
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Resumo: |
Neste trabalho nos dedicamos a analisar o papel das festas e liturgias na constituição da sociedade brasileira. Nossa hipótese é a de que as festas, no período colonial e na vida do povo brasileiro, até os nossos dias, não constituem apenas elementos de uma sociedade puramente tradicional, mas que elas podem aqui ser percebidas como o que conceituamos de “Festa Produtiva”, constituindo-se em elemento de produção de sociabilidade e da própria sociedade. O trabalho delimita-se nos primeiros séculos do Brasil (séculos XVI a XIX) e tem como pano de fundo o Barroco, traço específico da linguagem dos afetos. No decorrer do trabalho, identificamos que as formas usuais de explicação da festa nas Ciências Sociais são fundadas em teorias hegemônicas das Ciências Sociais, constituindo assim visões redutoras da festa, na medida em que não asseguram a autonomia da mesma e a percebem, apenas, em seu caráter reprodutor e não como tendo um papel fundador. Para explicar essa percepção da festa nas Ciências Sociais, analisamos a passagem da sociedade medieval para a Moderna, segundo o modelo hegemônico weberiano, juntamente com as teorias clássicas usuais da festa, considerando clássicos da sociologia, antropologia e filosofia. Ressaltamos um caminho novo de interpretação da festa, através da literatura de Jorge Amado (2008), Tocaia grande e de Guimarães Rosa (2006), Uma estória de amor, nas quais encontramos novas possiblidades de analisar a festa e de afirmar o termo “Festa Produtiva”. A literatura exemplifica a “Festa Produtiva”, pois ela consegue romper com o conceito de estrutura/superestrutura, garantindo, assim, a autonomia da festa e ampliando sua interpretação de modo intuitivo. Na teoria de Roy Wagner (2010), encontramos subsídios para explicar o conceito da “Festa Produtiva”. Ao final, analisamos três grandes festas do período analisado: a “Festa do Triunfo Eucarístico”, a “Festa do Divino” e o “Carnaval”, buscando, através da linguagem dos afetos e da teoria levantada, explicitar o papel da festa nos primeiros séculos do Brasil, constituindo, os períodos festivos, momentos de teatralização da sociedade para si mesma, um artifício do Barroco de extrema importância para que a população aqui reunida conseguisse se identificar como uma sociedade. |