O discurso de praticantes de ginástica em academias exclusivas para mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Frazão, Deimersom Pereira lattes
Orientador(a): Coelho Filho, Carlos Alberto de Andrade lattes
Banca de defesa: Mourão, Ludmila lattes, Devide, Fabiano Pries lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Gym
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1475
Resumo: Esta pesquisa, de natureza qualitativa, se desenvolveu a partir da seguinte questão mais geral: o fenômeno de proliferação de academias de ginástica exclusivas para mulheres está ancorado no processo mais contemporâneo de emancipação da mulher? Estabelecemos a entrevista como estratégia metodológica para coleta de dados empíricos. Com base em um roteiro de questões semiestruturado, entrevistamos vinte e três frequentadoras de três academias de ginástica exclusivas para mulheres situadas na Cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. De posse dos dados provenientes das entrevistas, com a leitura inicial e atenta dos mesmos, decidimos produzir dois artigos. No Artigo 1, o objetivo é analisar as identidades que a mulher constitui na medida em que se (re)posiciona psicossocialmente. Concluímos que se a mulher autogovernada de hoje abdicou, relativamente, dos papeis “tradicionais”, é porque a vida familiar, o íntimo, o relacional com os seus amores, permanecem sendo privilégios do corpo feminino, e/ou mais privilegiados pelo mesmo; é uma identidade domiciliar e materna que se conserva, de certo modo, fixada, paradoxalmente, na mudança e no irrecusável avanço. No Artigo 2, o objetivo é analisar os motivos da prática da ginástica em academias exclusivas para mulheres e suas relações com o binarismo sexual. Concluímos que a motivação das mulheres entrevistadas para a prática da ginástica nesses locais se mostra ancorada, fundamentalmente, na relação que as mesmas estabelecem, direta ou indiretamente, com o homem, “em casa” (namorados, maridos) e/ou na cena social.