O cuidado de transição organizacional na desospitalização da pessoa idosa com câncer em cuidado paliativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Costa, Nicacia Cristina Cunha da lattes
Orientador(a): Sanhudo, Nádia Fontoura lattes
Banca de defesa: Olário, Patrícia da Silva lattes, Castro, Edna Aparecida Barbosa de lattes, Moreira, Marléa Chagas lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16708
Resumo: Os cuidados transicionais são essenciais no processo de transferência das pessoas idosas com câncer em cuidados paliativos para o domicílio. Dessa forma, a transição incita que o indivíduo incorpore novos conhecimentos, comportamentos, definindo o seu contexto social de um ser saudável ou doente, considerando suas necessidades internas e externas e a forma de como elas influenciam no seu estado de saúde. Objetivo primário: Compreender o cuidado de transição organizacional realizado por enfermeiros na desospitalização da pessoa idosa com câncer em cuidados paliativos Método: Trata-se de uma Pesquisa Convergente Assistencial. A coleta de dados foi realizada através das seguintes técnicas: 1) pesquisa documental; 2) observação participante; 3) entrevista individual. Tais técnicas foram realizadas em duas fases. Os participantes da pesquisa foram os enfermeiros que desenvolvem suas atividades no cenário da pesquisa. De 23 enfermeiros que atuam na instituição, tivemos uma amostra elegível de 17 enfermeiros participantes na etapa um de coleta de dados e 09 enfermeiros participantes na etapa dois. O cenário foi um hospital especializado na atenção oncológica, localizado em um município de médio porte de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu no período de março a setembro de 2023. Na primeira fase foram coletados dados através da pesquisa documental e a observação participante. As fontes de informações da pesquisa documental foram os instrumentos relacionados ao processo de desospitalização adotados pela instituição de saúde, cenário de pesquisa. A observação participante foi realizada durante o processo de trabalho dos participantes, dando seguimento às entrevistas individuais. Posteriormente, as entrevistas foram transcritas integralmente e analisadas com apoio do software Interface de R pourles Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires que auxilia no processamento de dados da pesquisa qualitativa. Resultados: A análise do material resultou três categorias denominadas: Vivenciando as fases, marcos e pontos de mudanças do processo de voltar para casa; Condicionantes facilitadores e inibidores do processo de transição organizacional e Contributos da equipe multiprofissional de saúde no processo de transição. As categorias evidenciaram elementos que constituem o cuidado de transição realizado pelos enfermeiros e destacaram as diversas particularidades e necessidades da pessoa idosa em cuidado paliativo e da família/cuidador, inerentes ao processo de cuidado. Observou-se, que apesar da existência de pontos que fragilizam o cuidado de transição, o mesmo é realizado, principalmente, com ações que inferem a comunicação e educação em saúde entre profissionais de enfermagem e pacientes/familiares/cuidadores. Considerações finais: a partir da triangulação dos dados foi possível compreender como o cuidado de transição organizacional acontece de forma complexa e permeado por condicionantes facilitadores e inibidores que determinam a promoção de uma transição saudável ou não. Em meio a esse processo, o enfermeiro se estabeleceu como um profissional que desempenha um papel central e desafiador para a promoção das transições na instituição. Aspectos éticos: Essa pesquisa foi desenvolvida segundo os preceitos éticos de Resoluções do Conselho Nacional de Saúde (Res. n. 466/2012; 510/2015 e 622/200). A coleta de dados teve início somente após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos sob parecer Consubstanciado 5.822.947 e CAAE de número 65698622.1.0000.5147.